Maputo - Contrariamente ao que se julgava, o Almirante Rosa Coutinho, que após o golpe de 25 de Abril de 1974 em Portugal foi nomeado alto-comissário português em Angola, não foi o único a favorecer o MPLA na tomada do poder pela força em Luanda à revelia do Acordo de Alvor que previa a realização de eleições livres.
Leonel Cardoso, que viria a substituir Rosa Coutinho no cargo de alto-comissário português, desempenhou na prática um papel igualmente pernicioso para o futuro do novo Estado independente.
De acordo com Vladimir Shubin, autor do livro, «The Hot Cold War – the USSR in Southern Africa», em Outubro de 1975, cerca de um mês antes da proclamação da independência de Angola, Leonel Cardoso convidou Igor Uvarov, oficial russo que trabalhava sob a capa de correspondente da agência TASS em Luanda, para uma conversa, tendo-lhe confidenciado que “Portugal deparava com um problema: a quem deveria transferir o poder em Angola.” Cardoso disse ainda a Uvarov que “no dia anterior, as autoridades portuguesas em Angola haviam informado o Bureau Político do MPLA de que não poderiam transferir o poder apenas para este movimento, mas que teria de faze-lo para ‘o povo angolano’”.
O autor do livroautor do livro, «The Hot Cold War – the USSR in Southern Africa», revela que Leonel Cardoso em Outubro de 1975, cerca de um mês antes da proclamação da independência de Angola, pediu a Uvarov para que “enviasse uma mensagem a Moscovo no sentido da União Soviética influenciar o MPLA de forma a que a transferência de poderes fosse de ‘natureza conjunta’”, para depois fazer recordar ao correspondente da TASS que “anteriormente as tropas portuguesas haviam ajudado o MPLA a expulsar de Luanda unidades da FNLA e da UNITA”.
Leonel Cardoso chegou mesmo a dizer que “caso os dirigentes da FNLA e da UNITA viessem a Luanda para a cerimónia de transferência de poderes, estas organizações poderiam ser ‘decapitadas’.”
No livro, Vladimir Shubin cita Sérgio Vieira, antigo chefe da polícia política, SNASP, como tendo revelado que o regime da Frelimo também deu o seu aval à violação do Acordo de Alvor, favorecendo a tomada do poder pela força por parte do MPLA, enviando para Luanda uma peça de artilharia, vulgo órgão de Stalin, que, conjuntamente com outras peças idênticas fornecidas por Moscovo, permitiram às tropas de Agostinho Neto impedir que forças fiéis a outros movimentos entrassem na capital angolana para a proclamação da independência.
Leonel Cardoso, que viria a substituir Rosa Coutinho no cargo de alto-comissário português, desempenhou na prática um papel igualmente pernicioso para o futuro do novo Estado independente.
De acordo com Vladimir Shubin, autor do livro, «The Hot Cold War – the USSR in Southern Africa», em Outubro de 1975, cerca de um mês antes da proclamação da independência de Angola, Leonel Cardoso convidou Igor Uvarov, oficial russo que trabalhava sob a capa de correspondente da agência TASS em Luanda, para uma conversa, tendo-lhe confidenciado que “Portugal deparava com um problema: a quem deveria transferir o poder em Angola.” Cardoso disse ainda a Uvarov que “no dia anterior, as autoridades portuguesas em Angola haviam informado o Bureau Político do MPLA de que não poderiam transferir o poder apenas para este movimento, mas que teria de faze-lo para ‘o povo angolano’”.
O autor do livroautor do livro, «The Hot Cold War – the USSR in Southern Africa», revela que Leonel Cardoso em Outubro de 1975, cerca de um mês antes da proclamação da independência de Angola, pediu a Uvarov para que “enviasse uma mensagem a Moscovo no sentido da União Soviética influenciar o MPLA de forma a que a transferência de poderes fosse de ‘natureza conjunta’”, para depois fazer recordar ao correspondente da TASS que “anteriormente as tropas portuguesas haviam ajudado o MPLA a expulsar de Luanda unidades da FNLA e da UNITA”.
Leonel Cardoso chegou mesmo a dizer que “caso os dirigentes da FNLA e da UNITA viessem a Luanda para a cerimónia de transferência de poderes, estas organizações poderiam ser ‘decapitadas’.”
No livro, Vladimir Shubin cita Sérgio Vieira, antigo chefe da polícia política, SNASP, como tendo revelado que o regime da Frelimo também deu o seu aval à violação do Acordo de Alvor, favorecendo a tomada do poder pela força por parte do MPLA, enviando para Luanda uma peça de artilharia, vulgo órgão de Stalin, que, conjuntamente com outras peças idênticas fornecidas por Moscovo, permitiram às tropas de Agostinho Neto impedir que forças fiéis a outros movimentos entrassem na capital angolana para a proclamação da independência.
Oi, José
ResponderEliminarFico cada vez mais interessada pela história de Angola a cada post seu.
Parabéns pelos informativos e obrigada pelo conhecimento.
Bjs no coração!
Nilce
E as vezes nem nos damos ocntas de que poderes acima do homem comum acabam manipulando os fatos para um melhor resultado a eles...
ResponderEliminarFique com Deus, menino Josér Souza.
Um abraço.
Passei para agradecer e deparei com algo que bem conheço....
ResponderEliminarAngola
Irei ler mais.
Obrigada pela visita
jito da gota
Seu blog é de infinita beleza!
ResponderEliminarLi os conteúdos.Textos pertinentes e belas imagens.
Durante o período pré e seguindo a copa do mundo estarei postando aos sábados sobre a cultura africana.
Adoro o idioma que vocês falam é um português refinado.
Abs!
Olá amigo José!
ResponderEliminarJá cá estive e sou sua seguidora.
Hoje já é tardíssimo para mim, já estou a dever horas à cama.
Voltarei, espero que amanhã o possa fazer, embora tenha o tempo muito ocupado sempre e mais uns problemitas com o meu filho doente e muito longe.
Vamos combinar uma coisa. Se eu não voltar, por favor lembre-me.
Eu só comento quem me comenta, não tenho tempo para mais, peço-lhe que apareça, assim serei fel leitora e comentadora dos seus textos e poesias.
Beijinho amigo,
Ná
Gostei de ler um pouco sobre a história de Angola.
ResponderEliminarBeijooO'