Estes são os Blogues dos que amam Angola

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Musica

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

KID MC - O INCORRIGÍVEL. (A coragem de um Angolano)

É preciso que os jovens de Angola acordem e tenham a coragem que tem o cantor de música “Rap” KID MC. Ouçam com atenção o seu grito de alerta. É preciso acordarem porque se o não fizerem com urgência, um dia será tarde!

sábado, 22 de janeiro de 2011

A Luanda dos ricos e a dos pobres que a comunicação social não mostra


Os vídeos que irão ver não foram produzidos por mim. Quando falo no que se passa em Angola, simplesmente o faço por ser realista e saber que 90% dos angolanos reais não tem direito a uma fatia do bolo que é fatiado só para as elites apoiadas por um governo que se elege a si próprio! Pena é que existe gente que não gosta que a verdade venha ao de cima! Mas não é dessa forma, escondendo a verdade, que se pode dar apoia, aos angolanos, em busca de sua liberdade para a qual se perderam vidas em prol de uma sociedade com direitos iguais. O sol quando nasce é para todos, e os angolanos tem direito a usufruirem do que é seu. Foi para isso que durante anos lutaram contra o colonialismo e, durante decadas, lutaram entre si para evitarem a implantação do capitalismo selvagem, que não olha a fins. O povo angolano precisa de serem livres, necessitam de ter o direito ao voto! O voto é a arma de se poder libertar um pais da mão da corrupção. Viva o povo angolano! Viva Angola!



quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Parque Nacional da Kissama


QUARTA-FEIRA, 12 DE NOVEMBRO DE 2008
De menina de Angola.
Parque Nacional da Kissama
O Kissama é um parque bem próximo a Luanda com cerca de 9.900 km², apesar de enorme ele conta com poucas espécies animais. Mas entre elas estão os elefantes, lindos e imponentes vivendo livremente e sem pressa.
Hoje a população e elefantes chega a 103, mas a pouco tempo atrás era quase impossível encontrá-los no parque. Além de elefantes encontramos nuances, golungos e guinus.
Contam que durante a guerra a população que fugiu das províncias buscando abrigo em Luanda começou a caçar os animais e entre eles os elefantes para vender o marfim. Uma judiação com os bichinhos, mas como repreender refugiados de guerra?
Mas a realidade do parque hoje é outra, os animais estão de volta e aumentando dia após dia. O parque conta com uma infra-estrutura razoável para receber os turistas com chalés, restaurantes e passeios guiados. Além de uma área de camping.

(Isto não conta á realidade, vejam os comentários em baixo, esses sim, são reais)

Anónimo disse...
Olá Menina de Angola
A Kissama não foi destruída apenas por aquilo que lhe contam.
Como sabe os elefantes são animais que se deslocam em longos percursos fazendo o retorno ao mesmo lugar muitas vezes. Angola estava em guerra e eles não conseguiam passar. Mas não só a guerra incapacitou os animais de continuarem no seu habitat sagrado. Os nunces, os golungos e os gnus foram mil vezes abatidos para saciar a sede do animal homem o MAIOR PREDADOR.
Não lhe contaram que gente bem posicionada e com acesso a helicópteros, depois de uma noitada bem regada com cerveja, fazia fogo sobre os animais e os deixavam a morrer? Pois foi Menina de Angola, foi mil vezes isto! Um espectáculo que se sabia no tempo da guerra. Não foram as populações fugidas do mato não! FORAM MENINOS QUE PARA SE DIVERTIREM, ACABARAM COM A KISSAMA.
Os elefantes inteligentes como são, mudaram a sua rota procurando caminhos serenos.
Os primeiros elefantes que voltaram à Kissama foram importados da África do Sul.
A verdade é dura e triste, por isso a escondem.
Um beijinho para si
Massaroca
18 de Novembro de 2008 16:18

Anônimo disse...

olá menina de Angola e de coração angolano,
não sei se o/a massaroca vive cá em Angola ou não, mas o que conta é realmente verdade. No tempo da guerra foi mesmo isso que se passou na Kissama.
Para vocês verem como há gente estúpida em qq lugar do mundo...
menina, parabéns pelo blog.
Um dia destes vá até ao Santuário da Muxima...é pertinho e vale a pena.
Mas se puder, vá pela via de Viana em direção a Catete, acho que a paisagem é mais bonita e também parece que é mais perto.
um beijinho
FC
19 de Novembro de 2008 15:01

Anônimo disse...

Olá mais uma vez menina de Angola.
Como disse o FC, vai sim à Muxima.
No caminho, compre uma mucua para em casa fazer refresco.
Se tiver fé, pede uma bênção especial que a Senhora da Muxima, concede.
Faço um pedido… pelas crianças, pelos homens e mulheres do meu país.
Pede por Angola, o ultimo paraíso do mundo.
Para que os hipopótamos voltem a povoar o rio Keve.
Para que os elefantes que já entram no sul, perto da Caama, não deixem de voltar.
Que a reserva do Biquar e da Mupa, volte a ter como recorte numa imagem única na hora do por do sol, os seus animais em liberdade.
Imagina Menina de Angola, o que é ver uma manada de zebras correndo pela anhara?
Como me custa sentir que o óleo de Mupeque feito pelas Muilas e Mucubais, já não é puro como era e está misturado com óleo de carro, porque até elas aprenderam a mentir.
Pede para que na casa de todos os angolanos, cheire a um bom caldo no fim-de-semana depois da festa.
Que o orgulho de um lindo penteado das meninas de Caluquembe volte de novo, em vez de como dizes numa post anterior, pedirem para comprar o teu cabelo.
Que os futuros homens e mulheres da nossa nação, sejam mais preocupados com a identidade do seu povo, em vez de «importarem» toilletes, musica e ritmos estrangeiros para queimarem em futilidades, nas noites e «só para alguns» no Chill Out, Miami, etc.
Que valorizem Angola tão cheia de fome e doentinha, como a vejo quando passo no Golfe, no Cazenga, no Palanca, em Benfica.
Ai Menina de Angola…quem me dera mostrar-te o meu País!
Massaroca
20 de Novembro de 2008 05:38


Menina de Angola disse...
Massaroca e FC, já faz algum tempo que quero ir ao Muxima, sempre vejo a placa quando vou para Cabo Ledo. Mas vou deixar para ir quando tiver a festa de Nossa Senhora do Muxima que deve ser lindíssima.
Será que algum de vocês sabe me dizer qual é a verdadeira história desse santuário?

Massaroca, se me permites gostaria de fazer um post com a sua última mensagem. Ela é linda demais para se perder nos comentários :)
bj e obrigada a todos pelos elogios e críticas...
24 de Novembro de 2008 11:50


Anônimo disse...

Menina de Angola
Retirado de um link de Paróquias Portuguesas e quase correspondendo à total verdade, aí está o que realmente representa a Sra da Muxima. Sei também que no tempo colonial e com grande influência da Igreja Católica, o dia da Mãe era festejado a 8 de Dezembro. No entanto a Sra da Muxima foi evoluindo numa mistura quase feiticista e num local para pagar promessas. Há variadíssimos rituais que só as «Mais Velhas» poderão explicar em pormenor. Sei que num dos rituais, a mulher vai de barco e sempre de costas viradas para o Santuário. Se encontrar uma «Mãe» mais simpática ela de certeza que contará pormenores.
Mulheres traídas, mulheres que não conseguem engravidar, vítimas de feitiço etc. Quase todos recorrem à Sra da Muxima.
Obrigada por teres gostado do meu comentário. Acredita que é o meu sentir! Muito! Mas muito resignado. É um orgulho teres gostado do que escrevi. Faz o que quiseres, foi para ti o texto.
Um beijinho
Massaroca
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A imagem de Nossa Senhora da Conceição, mais conhecida como Senhora da Muxima, é uma das mais veneradas e de maior devoção popular em Angola. Vários são os testemunhos transmitidos por padres sobre a devoção do povo a Senhora da Muxima. O cónego Gericota, pároco da Igreja da Muxima no passado século, afirmava que: "....é extraordinária a devoção a Nossa Senhora da Muxima, por parte das pessoas, e até de gentios. Continuava dizendo que se faziam muitas ofertas, desde objectos de ouro, prata, velas, cera, galinhas, óleo de palma, azeite, amendoim e espigas de milho. A forma como a senhora da Muxima é venerada, assume aspectos interessantes, no quadro de um sincretismo entre as tradições Africanas e católicas. As mulheres são as maiores devotas, mas os homens também acorrem com muita frequência. Fazem-se pedidos para alcançar a fertilidade, ter sucesso, amor, fortuna, curar de doenças especialmente doenças mentais. Para cada pedido, reza-se de uma forma, para pedir amor é de outra forma, ou seja, conforme o pedido assim é a reza.
Os crentes conversam com a imagem da Santa como se de uma pessoa intima se tratasse, chegando a insultar altercar, ralhar, disparatar, quando os seus pedidos não são atendidos. Chegam a mandar bilhetes, cartas, requerimentos com pedidos para serem atendidos aqueles que não se podem lá deslocar, ou achem que os seus assuntos são sigilosos que não podem ser revelados a ninguém, a não ser à Santa.
A imagem da Senhora da Muxima está na Igreja Católica de Nossa Senhora da Muxima na vila da Muxima, província do Bengo a 130 quilómetros de Luanda a capital de Angola. Em língua Kimbundo a palavra Muxima significa coração. Foi-lhe atribuído esse nome, devido à sua localização "situada no meio da província, à beira do rio Kwanza".
A festa em homenagem à Senhora da Muxima realiza-se a 8 de Dezembro, desde 1833. Pela sua importância e significado histórico, a Igreja da Nossa Senhora da Muxima, foi considerada monumento nacional em 1924.


HISTÓRIA DO DESAPARECIMENTO DA IMAGEM

Quando da ocupação de Luanda pelos Holandeses (1641-1648), a imagem da Senhora da Muxima, foi levada para a vila de Massangano. Num dos combates, os Holandeses apoderaram-se da imagem da Santa. Depois de retomada Luanda, em 1648, a imagem foi trazida para Luanda, onde dois moradores da vila da Muxima a reconheceram, quando estava a ser restaurada e levaram-na de volta para a sua Igreja de Origem. A chegada da imagem, foi motivo de grande júbilo e festa para todos os que a veneravam e adoravam. Realizou-se uma procissão em que participaram habitantes de várias regiões.
25 de Novembro de 2008 03:20
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Eu, José Sousa, conhecia muito bem estes lugares e vesitei várias vezes a nossa senhora da muxima. O lugar é lindissimo. Mas pelos vistos a "Menina de Angola" não conhece nada. O Massaroca e o FC eles sim, conhecem e estão bem informado. Gosto de quem é realista.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Menina de Angola disse...



Menina de Angola disse...


Meu caro, devia vir cá e ver com seus próprios olhos o que diz. Ande pelas ruas e veja quem está ao volante dos carrões que circulam pelas estradas. Quem é que compra as casas milionárias que não param de ser construídas?

Que há expatriados a trabalhar e ser remunerado por isso não há dúvida. Mas não se precipite. O povo ainda sofre e muito, mas os empregos estão sendo criados. E pode apostar que por trás de um estrangeiro é o Angolano que está a ganhar o verdadeiro dinheiro.

O novo supermercado que abriu em Luanda gerou mais de 500 empregos, e todos eles angolanos. De expatriados são só 16 e o dono, quem fica com todo o dinheiro é Angolano...

Esse é só um exemplo. Há 5 anos atrás Angola tinha 70% da população vivendo na miséria e isso graças aos próprios angolanos e não aos estrangeiros. Hoje esse número caiu pela metade, há muito que se fazer, principalmente no que diz respeito a educação.

Mas cuidado para não ser racista, pois não são os estrangeiros que estão tirando o dinheiro de Angola, o que eles recebem não é nada comparado aos que os verdadeiros donos lucram...
17 de Janeiro de 2011 02:45

Menina de Angola disse...
Caro José,

Gostaria só de lhe esclarecer que não defendo o presidente e nenhum partido político. Apenas gostaria de alertá-lo que é muito simples colocar a "culpa"nos estrangeiros. Quando na realidade são os próprios angolanos os responsáveis.

Sei bem que em outras províncias e sim muita pobreza, mas há muita riqueza também. Não se esqueça que mais de 50% da população Angolana vive em Luanda.

Muitos angolanos criticam os expatriados que vem cá ganhar a vida, mas quantos deles deixam o conforto da vida que eles construíram nos EUA e Europa para vir cá e fazer o mesmo?

Oportunidades não faltam, todos os dias saem dezenas de anúncios de emprego com bom salários direcionados aos angolanos...

Mas a grande maioria não apetece vir e quando cá estão não demoram a partir também.

Como disse anteriormente não defendo o governo ou o sistema financeiro, apenas digo que não são os estrangeiros ou os investimentos estrangeiros que estão tirando o dinheiro do país.

Um abraço
18 de Janeiro de 2011 00:36
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Minha resposta
Menina de Angola!
Custa ler a realidade que se passa em Angola, não é verdade?
Porquê! Se não vive em Angola e só lá vai de vez em quando, e se, só conhece a Luanda dos capitalistas, fala como se conhecesse a realidade dos problemas dos angolanos! Quando eu respondo no seu blogue, logo apaga o que escrevo!? Não gosta que eu seja realista? Que eu lhe esclareça a verdade?
Quando diz "Ande pelas ruas e veja quem está ao volante dos carrões que circulam pelas estradas. Quem é que compra as casas milionárias que não param de ser construídas?". Eu lhe pergunto: São os tais 500 trabalhadores que tiveram direito ao emprego no novo Supermercado, que são os donos das tais casas e carros de luxo que apregoa haver em Luanda? Não, são dos corruptos apoiados pelo governo de ZéDu.
Quando diz: "Muitos angolanos criticam os expatriados que vem cá ganhar a vida, mas quantos deles deixam o conforto da vida que eles construíram nos EUA e Europa para vir cá e fazer o mesmo?". Eu lhe digo: Não está a ser realista, pois em Portugal existem muitos que ganhavam o ordenado minimo cá e agora estão aí a ganhar um balurdio de tal forma que já conseguiram, fazerem cá, uma grande casa. Assim como amigos que tenho no Brasil, e que os seus filhos foram para Angola, não tinham nada e agora já teem uma boa casa e um bom carro. Como vê, está muito longe da realidade o que diz. Mas tem mais! E os chineses que todos os dias entram aí cerca de 400, com vistos, e que um dia, o povo angolano se quizer verem livres, dessa estrangeirada, já não consegue porque eles são mais que os angolanos.
Quando diz que 50% dos angolanos vivem em Luanda! Vê-se mesmo que não conhece Angola. Aqui lhe coloco um mapa com a população que vive nas principais cidades de Angola. E, então os que vivem nos kimbos (aldeias) do interior (nas selva e nas savanas) esses não são gente? Como pode dizer que metade dos angolanos vive em Luanda! Isto é um absurdo… para isso teria que haver somente, no país inteiro, 5 555 225 habitantes, quando na realidade ultrapassam o dobro! Viaje por Angola, deixe de viver só no meio dos kaluandas ricos e entre na realidade dos factos! Também não te comprendo! Neste artigo do teu blogue "sexta-feira, 10 de outubro de 2008
Cabo Ledo – um paraíso ameaçado!" escreves a verdade sobre Angola, agora já mudas-te de filosofia, porquê? Já te compraram para escreveres mentiras?
Aqui lhe deixo um mapa para que conheça a densidade populacional nas urbes e lhe recomendo que meta na sua cabeça a célebre frase angolana "KWACHA ANGOLA.

Cidades mais populosas de Angola ver



Luanda 2 776 125

Cabinda 66 020

Huambo 226 177

Uíge 60 008

Lobito 207 957

Namibe 54 657

Benguela 151 235

Lunda-Sul 40 198

Lunda-Norte 125 751 15

Sumbe-Kwanza-Sul 33 278

Bié 113 624 16

Huíla 30 305

Lubango 102 541 17


Gabela Kwanza-Sul 29 151

Malanje 87 047 18

Bengo 28 229

Namibe 80 150 19

Huambo 24 350

Zaire 67 553 20


M'Banza Kongo 24 220


(ver os que circula nestas fotos no Link em baixo, no Sumbe! Estes são os aproveitadores das zonas de lazer que vivem“á grande e á francesa".

Link: http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=670988)


Veja este video e entre na realidade.


quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

ESTÓRIAS DA LITA: O BOSQUE - LEMBRANÇAS

ESTÓRIAS DA LITA: O BOSQUE - LEMBRANÇAS

Trabalho em Angola... só para estrageiros.

Como poderão ver estas fotos, os Nacionais não tem trabalho, e, aquele que tem, continua a ser mandado pelo branco que está a exturquir a riqueza de Angola para o seu país. É triste!


Caro amigo do blogue “AngolaBela”!
Este não é um blogue realista e está manipulado pelo governo angolano. O que apresenta, em todo o seu blogue, é só a parte boa, mas onde está a parte má! Não está a mostrar, ao mundo, a pobreza que por ali prolifera. Esta não é a Angola real, esta é a Angola de alguns. Onde 90% dos angolanos nunca terão direito a nada. Onde, esta Angola que mostra, é a Angola dos novos "Colonizadores" onde o oriundo já perdeu a fé na Angola que desejariam ver "Independente".
Tenho contacto com pessoas espalhadas por vários pontos de Angola, nomeadamente Huambo, Benguela, Lobito, Namibe, Sumbe, Porto-Amboim, Gabela e Quibala. O que eles me transmitem é que: Angola está colonizada com o apoio de José E. dos Santos e os filhos de Angola não têm direito a essa infra-estruturas que mostra no seu blogue. Essas infra-estruturas são benefícios para os capangas de José E. dos Santos e para os estrangeiros que estão a invadirem, em grande escala, esse país. Seria melhor ser realista sobre a situação da nova colonização pela China, Brasil e outros. Pois o povo quando combateu o Colonialismo, não era com a finalidade de virem a ter um país, onde existe trabalhos para estrangeiros, mas não para os angolanos. Deveriam apostar na educação e qualificação. Esta é a realidade do país que amo.
Tributo à mulher africana

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

O que acontece em Angola (vergonhoso)


Viver em Angola requer um elevado grau de paciência e calma. Sendo este um país com menos de 40 anos de idade e vítima de várias guerras desencadeadas ainda antes da sua independência e levadas a cabo até mesmo a década que findou, a realidade que aqui se vive é atrofiada. Nota-se porém, um esforço genuíno no desenvolvimento de certos aspectos deste país. Sempre que visito deparo-me com novos edifícios, estradas, empreendimentos, restaurantes, hotéis, e por aí em diante. Hoje gozo de internet wireless de banda larga quando a meros aninhos só tinha net por cabo. Prolificam-se as multicaixas (ATMs), mais e mais lugares aceitam cartões Visa, e nota-se uma grande variedade de novos negócios a abrirem-se, muitos deles com capital estrangeiro, o que denota a presença do sempre importante investimento externo. Há também muitos negócios a abrirem-se com capital somente angolano, mostrando que temos uma valente veia empreendedora. Até mesmo o ‘glorioso’ aeroporto 4 de Fevereiro já demonstra sinais de não ser o pior aeroporto do continente. Isto para não falar nas obras exemplares do aeroporto de Lubango, ou a nova estação ferroviária de Malange...

Mas, infelizmente, continuo a constatar que não obstante todo este desenvolvimento ‘físico’ e infra-estrutural, o nosso desenvolvimento mental continua o mesmo, ou mesmo, pior ainda. Ás vezes parece-me que neste prisma, regredimos. Os nossos comportamentos uns com os outros, as nossas atitudes e a nossa mentalidade não está a acompanhar o tipo de desenvolvimento que descrevi acima. E é aí onde se torna necessário a tal paciência e calma para se viver aqui, porque cada dia deparo-me com verdadeiros atentados a decência humana. São várias as coisas que me fazem confusão a cabeça, que me fazem levar as mãos ao nguimbo em puro desespero. Leia então, abaixo, os sete pontos que me fazem muita confusão na cabeça.

1. A nossa arrogância

Noto em nós uma grande arrogância para com outros países africanos e o mundo em geral. Talvez por estamos a fornecer petróleo às verdadeiras grandes potencias mundiais, nos subiu a cabeça que também somos uma potencia mundial e como tal todo mundo deve subjugar-se aos nossos pés. Ou talvez é porque a nossa economia cresce aos dois dígitos enquanto o resto do mundo afunda-se numa grave crise mundial. Por altura da União Europeia ter banido a TAAG dos seus céus, junto com dezenas de outras empresas aéreas mundiais, em vez de seguirmos o exemplo dos outros países que viram as suas companhias aéreas banidas e partiram logo para a reestruturação das mesmas, a nossa primeira reacção foi aplicar medidas de reciprocidade, sem termos razão para tal.

É verdade que somos o segundo maior fornecedor de petróleo da África subsaariana e que a Nigéria esta rapidamente a perder terreno. É verdade que na SADC somos uma potencia no verdadeiro sentido da palavra, e que nesta região só mesmo a África de Sul detém uma maior economia, mais poderio militar, etc. É verdade que estamos a fazer subir prédios altos e a construir estradas.

Mas o que é realmente ser uma potencia? O que é realmente o desenvolvimento? Há dias quando estava enfiado num buraco em pleno bairro Palanca, acabado de sair de igual buraco no bairro do Golfe, olhei ao meu redor e admirei o nível da verdadeira miséria e a quantidade de lixo que a grande maioria de luandenses enfrenta todos os dias. Nestes bairros, onde a comida é vendida ao lado do lixo, é difícil notar o crescimento da economia. Quando chove e o teu carro entra numa cratera viscosa em pleno Mártires, numa rua que nunca foi asfaltada, é difícil perceber que estamos na cidade mais cara do mundo. Estamos sempre a subir? Desenvolvimento? Potencia mundial? Será que são os prédios que estão a nos iludir? Basta sair do círculo restrito da capital onde acontecem todas as obras e ‘dar uma volta’ por aquele mar vermelho luandense de terra batida, onde acaba o asfalto (passar a fronteira, como diz o meu primo) para perceber realmente quanto falta por fazer.

A humildade faz bem.

Um dos muitos marcos que se usam para definir o grau de desenvolvimento de um país é o seu serviço de telecomunicações. Quantas pessoas têm acesso a telefones celulares? E a internet? Quantos subscritores de banda larga fixa existem por cada 100 habitantes? Temos aqui mesmo ao lado de nós países muito menos arrogantes que ostentam um nível de vida muito superior ao nosso, estando também muito mais ligados ao mundo. Só aqui na SADC, em 15 países, Angola surge em numero 11 em utilizadores de internet por 100 habitantes, com 3,28. A lista é liderada por Seychelles, Ilhas Maurícias, e Zimbabué. Cabo Verde: 29,67. No que toca a subscritores de banda larga fixa, Angola surge outra vez na 11 posição, com 0,11, numa lista novamente liderada por Seychelles, Ilhas Maurícias, e Zimbabué. Cabo Verde: 1,38. (números tirados de um artigo da Revista Exame número 11, Dezembro/Janeiro 2011)

Portanto, isto serve para dizer que antes de nos arrogarmos a tentar provar a todo mundo que somos um país desenvolvido, é bom providenciar aos nossos cidadãos serviços básicos das mais diversas índoles. Não ouvimos discursos musculados vindo dos países citados acima (de bem que Zimbabué foge a regra). Somos sim uma potencia, mas ainda nos falta traduzir este potencial para actos concretos que melhoram a vida do cidadão comum.

2. A Policia Nacional

Certo dia estava com os meus primos a sair de Talatona para o centro da cidade. Pelo caminho, em plena estrada da Samba, o nosso carro avariou. Teve que vir um outro primo puxar o nosso carro desde lá até a Maianga, uma tarefa árdua para quem conhece a maneira ‘linda’ como o luandense conduz. Ainda por cima era um jipe a puxar o outro. Nas imediações do prédio da Sonangol, depois de todo aquele caminho andado e a meros minutos de casa, surge um policia num destes Audis novos com que eles agora adoram fazer banga. Transcrevo a conversa que sucedeu:

PT (Policia de Trânsito) – Carta de condução e documentos da viatura.

V (Victor, meu primo) – Aqui estão senhor agente. Fiz alguma coisa de errado?

O agente olha para os documentos (em dia) e para a carta de condução (também em dia). Olha para os dois carros, um a puxar o outro.

PT – BI se faz favor.

V - ...não tenho o meu BI comigo, senhor agente.

PT – O motorista não sabe que não pode conduzir sem o BI?

V – Não, senhor agente, isto nunca me foi dito na escola de condução. Será que isso é uma nova lei? Aonde é que está escrito?

PT – Escrito? Não é preciso estar escrito, podes perguntar a qualquer pessoa e eles vão te dizer que não podes conduzir sem BI.

V - ...

PT – E aonde está o triângulo da viatura?

V – No porta bagagem, senhor agente.

PT – O motorista não sabe que não pode rebocar outro carro sem mostrar devidamente o triângulo?

V – Não sabia, senhor agente. Mas tenho os intermitentes dos dois carros ligados e como viu estávamos a andar devagar.

PT – Sem o triangulo à mostra pode matar gente! O senhor está a pôr em perigo a vida dos outros motoristas!

V - ...como Sr. Agente? Estou com os intermitentes ligados e a anda a uma velocidade bastante responsável!

PT – O senhor vai ter que pagar multa por pôr em jogo a vida dos ouros motoristas. Siga-me por favor.

V – Com os dois carros!?

PT – Sim senhor, com os dois carros.

Não fazendo mais menção do tal triângulo assassino, e com os documentos do Victor na mão, o policia mandou-nos seguir o seu carro com os nossos (!) e bastou fazer mais duas ou três curvas, a corda que puxava o nosso jipe estalou. O policia mal abrandou e foi-se embora. Com os documentos do Victor.

Não obstante termos resgatado depois os tais documentos, é por essa e por outras que a policia nacional angolana me faz confusão na cabeça. Ou seja, numa sociedade aonde o cidadão comum tem quase tanto medo da policia como o bandido, algo vai mal. Em vez de ter a segurança social como a sua primeira preocupação, o agente preferiu nos fazer a vida negra. Não custaria nada nos ajudar, pondo o triangulo por cima do carro, por exemplo. Mas optaram pela opção que mais nos complicaria a vida. O grau de corrupção na policia já atingiu graus cómicos: no outro dia o meu primo estava no candongueiro quando este foi parado por um agente. O agente fez se a janela do motorista, e este tentou dar-lhe os seus documentos.

“Documentos?!”, perguntou, incrédulo, o agente. “Vocês estão sempre na ilegalidade. Não é documentos, você já sabe o que tem que fazer,” disse o agente, levando consigo os documentos do motorista. O motorista sai do candongueiro com uma nota de 1000 kwanzas na mão, e volta poucos minutos depois com os seus documentos.

Histórias como essa, todos nós temos, e aos pontapés. É verdade que os policias ganham muito pouco. Mas o abuso que nos fazem já começa a ser ridículo.

3. Os nossos preços

A nossa realidade socioeconómica faz com que a vida em Luanda seja cara. Não há como escapar isto. É uma simples lei económica: quando a procura é maior que a demanda, os preços sobem. Com o nosso crescimento económico e o constante influxo de expatriados, não vejo os preços a desceram tão cedo. Agora, uma coisa é certa. Há esta realidade, mas também há a especulação. O que me faz confusão na cabeça é esta especulação, que faz com que, por exemplo, um melão na Casa dos Frescos custe mais que $100. Muitas das vezes a sede para lucros fáceis e rápidos faz com que vários empreendimentos pratiquem preços altamente injustos.

Sinto também que existe um foco desproporcional para com a clase média alta e clase alta por parte de investidores privados tanto nacionais como estrangeiros. Pergunto-me se há mesmo dinheiro suficiente neste país para as tantas casas de alta renda e condomínios de luxo que se constõem por toda Luanda e não só. Será que é sustentável? O mercado aguenta? E quando esta benesse vinda do petróleo acabar? Dizem os mais esclarecidos que aqui há mesmo este dinheiro todo...só me resta esperar para ver. Para pôr as coisas em perspectiva, o futuro penthouse da Torre Ambiente, a ser construída na Marginal, custa $9 milhões e parece ser o apartmanto mais caro do continente...a penthouse no sexagésimo andar do One Rincon Hill, a torre mais alta de São Francisco, custa $3.3 milhões.

4. Falta de investimento na educação

Por mais dinheiro que o estado faça (e olha que o PIB está em franco crescimento de ano para ano) a fasquia destinada a educação continua a ser irrisória: 4,4% para o ano 2011. O valor da educação no desenvolvimento de um país é de extrema importância, e todos os dias vemos as causas directas da fraca qualidade de educação no país. Na semana passada estava uma amiga a contar-me sobre a corrupção gritante na universidade onde estudava, corrupção esta que a levou a deixar o país para estudar fora, porque já não aguentava mais. Fizemos juntos uma pesquisa na net e chegamos a conclusão que em várias listas das 100 melhores universidades em África, nenhuma é angolana. Algo está podre no nosso sistema de educação, e não vejo ninguém de direito a colmatar esta grave lacuna.

5. O serviço ao cliente/consumidor/cidadão

Isto já nem deve ser novidade para vocês, e nem vou falar muito sobre isto. Aqui em Angola o conceito de customer service parece não existir, e ponto final. Abrem novas lojas, novos restaurantes, novos serviços e o atendimento parece ser o mesmo: os funcionários nos atendem mal, respondem mal, actuam como se estivessem a nos fazer um grande favor. É stressante. Não sei se o salário é pouco, mas em países mais pobres que Angola ou pelo menos no mesmo patamar, nunca fui atendido assim. O que custa atender condignamente um cliente? O que custa prestar-lhe um serviço personalizado? O mesmo sucede com o atendimento ao cidadão por parte de funcionários públicos. Quase nada é feito sem a gasosa. Esta prática está enraizada no nosso dia a dia. Mesmo assim, custa-me aceitar que é mesmo assim que as coisas funcionam. O conceito de que eu tenho de pagar um funcionário público para que faça o trabalho que o seu salário exige, faz-me confusão na cabeça. E sabendo que eu terei de pagar gasosa, se pelo menos me atendessem bem...e isto leva-me ao meu ponto seguinte:

6. A ‘complicação’ às pessoas

Todo angolano e não só saberá exactamente do que falo. O angolano adora complicar o outro. Neste país, a mais fácil tarefa ou procedimento vira logo um bicho de sete cabeças e vários dias perdido no trânsito. Vais renovar um documento, falta-te qualquer coisa mínima, ou chegas 10 minutos antes que fecha o posto de atendimento, e o funcionário não tem a mínima vontade de te ajudar. “Volta amanhã,” é a resposta. Como se amanhã não trabalhasses, como se amanhã não tivesses mais que fazer, como se pudesses perder outro dia a tentar ir de Viana para Luanda antes que o funcionário decida sair para o almoço uma hora antes do que devia. Tudo que pode ser tornado fácil, é tornado mais difícil, em quase todas as áreas da sociedade, desde a governação ao comercio geral. É como se todo mundo trabalha simultaneamente contra si. Faz-me muita confusão na cabeça.

7. A “aposta” no turismo

Precisamos urgentemente de diversificar a nossa economia. O petróleo não durará para sempre, e não podemos depender dos seus preços flutuantes. O governo tem estado a tentar fazer isso mesmo, ao apostar mais na agricultura e no turismo, entre outros sectores. Mas será a aposta no turismo séria? E se assim for, porquê os preços absurdos das passagens para Luanda? Por que não acabar com o parentesco a TAAG e abrir as nossas rotas aéreas ao mercado livre? E os preços dos hotéis? E mais importante ainda, porquê as dificuldades na concessão de vistos? Faz-me confusão na cabeça esta aposta no turismo quando é difícil para o meu amigo estrangeiro obter um visto angolano, comprar uma passagem aérea milionária, pagar centenas de dólares por noite num hotel de qualidade duvidosa, e gastar rios de dinheiro após o desembarque. Quando poderia ir à Moçambique por muito, mas muito menos dinheiro e muito menos transtornos. Se quisermos ser competitivos no mercado de turismo, temos muito que mudar.

Podemos ser um grande país, uma verdadeira potência africana, mas antes de tal teremos de mudar a nossa mentalidade. É urgente.

Por: Vozes da juventude angolana na diáspora

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Temos de levar a vida a rir com "Dor" ou sem "Dor"


A professora pergunta aos seus alunos nomes de coisas que acabem em
"dor" e que comam coisas.

O Ricardo diz:
-Predador!!!
A professora responde:
- Muito bem, come as suas presas.
O Paulinho diz:
-O aspirador.
A Professora:
- Bravo. Que imaginação, na verdade podemos dizer que come o lixo.
No fundo da sala grita o Joãozinho:
-Vibrador!!!
A professora dá um pulo, quase cai da cadeira e responde:
-Joãozinho que é isso?!!!! Vibrador não come nada!!
E diz o Joãozinho muito depressa:
-Come, come sim fessora. A minha mãe tem um lá em casa e vive dizendo
que o vibrador come as pilhas num instante!!!!