Um dia fui passear
Numa nave espacial,
Para umas férias diferentes
Não sabia onde ficar.
No local mesmo ideal
Foi lá que a nave parou,
Maravilha!... desci logo
Meu coração interrogou.
Que terra linda era aquela
Depressa fiquei sabendo,
Que era Angola afinal
Que um dia me viu crescendo.
Amigos, muitos encontrei
Entre, aquela gente Angolana,
Com eles fiz piqueniques
Onde havia muita banana.
E na hora da partida
Uma lágrima limpei,
O meu lencinho acenei
E bastante eu chorei.
Para onde vai agora?
Na nave me perguntaram,
Leve-me até à Gabéla
Onde tanto me amaram.
Decidi ficar por lá
Nas lindas terras do Amboim,
Todos quando me lá viram
Correram em direcção a mim.
Na hora de seguir viagem
Segui minha intuição,
Mandei parar a nave
No meio daquele sertão.
Terra bela naquele deserto
Com seu povo tão gentil,
Que bela recepção
Estava no mês de Abril.
Quiseram saber de onde vinha
De Portugal, respondi eu,
E ficaram encantados
Por verem quem com eles viveu.
Tudo estava como deixei
Tudo mesmo original,
Fui recebido pelo o povo
Com um abraço fraternal.
Com meus olhos chorando
E com um sorriso encantador,
Mandei chamar aquela negra
Por quem senti muito amor.
Tinha casado e já com filhos
Fiquei muito amargurado,
Virei-me p’ra trás chorando
Com o coração despedaçado.
Depois ela me disse
Que o marido morreu na guerra,
Para eu não me ir embora
E ficar ali com ela.
Pedi autorização ao Soba
Para na aldeia me acolher,
Houve festa de grande pompa
Só parou com o dia a romper.
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