Durante os catorze anos que ali permaneci, conheci e senti a maior das maiores liberdades. Nós éramos livres como todos os seres vivos da floresta ou da savana. Quando cheguei a Portugal a liberdade acabou.
Naquele lugar, ninguém precisava de se preocupar com impostos, com a porcaria do relógio, com o trânsito, com a procura de dinheiro, com os ladrões ou com os assassinos! Não! O relógio era o Sol e os dias eram maiores, havia tempo para tudo.
As leis eram ditadas pelo “Soba”, «Chefe dos aldeões», que eram formadas em sintonia com a Natureza da selva.
Vivi no paraíso da pura liberdade, onde reinava o humanismo, a humildade, a benevolência e a compreensão.
Liberdade só a conheci enquanto vivi naquelas savanas e selvas Angolanas.
Éramos livres e formávamos uma corrente, de elos fortes, em que todos juntos cantávamos várias canções.
Só a guerra quebrou estes elos e nos separou, quem sabe, para sempre. Deles nada sei! Não sei se faleceram, se estão no mesmo sítio, se já são avós ou, se também fugiram. A melhor coisa que me poderia acontecer na vida, seria voltar aquele lugar, ver tudo e abraçar todos os que me viram crescer e que sabiam que eu era branco por fora mas negro por dentro.
Naquele lugar, ninguém precisava de se preocupar com impostos, com a porcaria do relógio, com o trânsito, com a procura de dinheiro, com os ladrões ou com os assassinos! Não! O relógio era o Sol e os dias eram maiores, havia tempo para tudo.
As leis eram ditadas pelo “Soba”, «Chefe dos aldeões», que eram formadas em sintonia com a Natureza da selva.
Vivi no paraíso da pura liberdade, onde reinava o humanismo, a humildade, a benevolência e a compreensão.
Liberdade só a conheci enquanto vivi naquelas savanas e selvas Angolanas.
Éramos livres e formávamos uma corrente, de elos fortes, em que todos juntos cantávamos várias canções.
Só a guerra quebrou estes elos e nos separou, quem sabe, para sempre. Deles nada sei! Não sei se faleceram, se estão no mesmo sítio, se já são avós ou, se também fugiram. A melhor coisa que me poderia acontecer na vida, seria voltar aquele lugar, ver tudo e abraçar todos os que me viram crescer e que sabiam que eu era branco por fora mas negro por dentro.
José, creio que entendo você, essa liberdade está na alma que consegue viver na simplicidade da natureza, dos sentimentos sinceros, da liberdade de expressão, da libertação do supérfluo. É meu caro, só dando tempo ao tempo, lendo muitos artigos portugueses e até brasileiros, vemos como muitos homens estão distantes disso, mas faz parte da evolução da Humanidade. O tempo curará isso. Ainda bem que tens lindas lembranças. Sua vivência, experiência rica como tiveste, só engrandeceu seu espírito e tens a poesia como forma de manifestar seu crescimento e alertar a outros.
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