Imprensa jornalística e criadores de blog’s, em Angola, têm falta de liberdade para falarem da realidade no país e que conhecem melhor que eu. Noto, em certos blog’s, como por exemplo no “Informar Angola” que estão acanhados. Escrevem algumas coisas banais, há falta do realismo, a falta de poderem opinar como o faço em meus blog’s, como faço falando da verdade que acontece em Portugal. Nota-se, sem dúvida, a falta de liberdade de expressão, tal como acontecia em Portugal há 40, no governo Salazarista, onde foi criado uma polícia para prenderem e torturar quem falasse contra o Estado. Criou a censura, nas escolas era obrigatório haver, pendurado nas paredes, molduras contendo as fotos do ditador. Somente dava apoio á religião católica para que a mesma levassem o povo a aceitar aquele governo e até, os padres que bem conheciam os aldeões, serviam de informadores da PIDE (Policia de Informação e Defesa de Estado). Também, pelo que me apercebo, o mesmo está acontecer em Angola. Pelo que leio, o povo em Angola não é livre.
MPLA (Muita Pressão de Luanda aos Angolanos)
MPLA (Muita Pressão de Luanda aos Angolanos)
Notem bem no que vão ler: Angola 27 de Maio de 1977
Em 27 de Maio de 1977 uma facção pro-soviética do MPLA intentou tomar o poder por meio de um golpe de estado. À cabeça desta conspiração estava o velho líder do MPLA Nito Alves, considerado por muitos como uma das mais influentes figuras dentro do governo. Uma grande parte dos principais chefes das forças armadas estava convicta que Nito Alves possuía as melhores condições políticas para dirigir o país, mas por ter sido o principal condutor da guerra de guerrilhas nas selvas. Alem disso, Nito Alves tinha sido um homem que conseguiu derrotar e expulsar de Luanda a FNLA meses antes da proclamação da independência. Foi o ideólogo nas organizações dos Comités do Poder Popular nos musseques de Luanda que ajudaram a consolidar o MPLA. Moscovo considerava que Neto não era um homem de confiança e que uma vez consolidado o seu governo podia ocupar uma posição de aproximação ao Ocidente e mais tarde pactuar com o próprio Savimbi. Os verdadeiros propósitos do golpe ficaram encobertos com o fingido descontentamento desta facção pela influência no governo dos intelectuais mestiços como Paulo Jorge, Lúcio Lara, Iko Carreira e Outros. No dia 27 de Maio de 1977 as tropas golpistas tomaram as principais unidades militares das FAPLA e as instalações de rádio da capital. Quase tinham conseguido os seus propósitos quando se deu um descalabro ao intervirem as tropas cubanas. Os conspiradores pensaram que os cubanos permaneceriam neutros no conflito. Para eles, era lógico de supor que Moscovo tinha coordenado previamente com Habana o desenvolver dos acontecimentos. No entanto deram-se ordens imediatas para sufocar a revolta. As tropas sublevadas não podiam suspeitar que os tanques e veículos blindados que irrompiam na capital iam desarmados e já para o entardecer do dia 27 as diferentes guarnições em poder dos rebeldes depunham as armas sem oferecer resistência. Outros imprtantes líderes do MPLA e chefes militares das FAPLA estavam implicados na intentona golpista. José Van Dunem comissário político das Forças Armadas; o comandante Jacob das FAPLA, David Aires Machado e outros. Nito Alves refugiou-se na Missão Militar Soviética e permaneceu escondido nela até ao mês de Julho em que foi detectado pela Inteligência Cubana. As conversações posteriores entre Habana e Moscovo conduziram à entrega do líder rebelde às tropas cubanas. Fidel de Castro ganhava mais uma vez a gratidão do presidente angolano oferecendo-lhe em bandeja de prata o seu principal inimigo. Mais tarde deixava de existir diante do pelotão do general cubano Del Pino “Proa a La Liberdad”). O oficioso Jornal de Angola, a rádio e a televisão instalam o ódio e o revanchismo. O Jornal de Angola publica editoriais intitulados: Não pode haver tolerância com os francionistas, Encontrá-los e prendê-los, Vingar os heróis, Fuzilar os francionistas. Depois coloca as fotos e os nomes (Nito Alves, José Van Dúnem, Bakalof, Pedro Fortunato, Betinho) e, em letras gordas no cabeçalho, (Amarrem-nos onde forem encontrados). No dia 28 de Maio na Rádio Nacional Agostinho Neto diz: “Não haverá perdão, nem tolerância contra todos aqueles que quiserem destruir o MPLA” e mais: “Não vamos perder tempo com julgamentos”. Bem… a mim não me admira isto, «liberdade com o MPLA nunca, é melhor matar quem a quiser». Continuando: Fica ainda por se saber o que o Presidente Neto quis dizer com a frase: “…E com isso não me venham dizer que estou a defender uma direita. Porque não há direita que resiste a uma esquerda unida, mas a direita avançada quando a esquerda está dividida”. Sita Valles, que se celebrizara no movimento estudantil em Portugal, e aprendera as primeiras lições de marxismo-Leninismo nas fileiras do Partido Comunista Português, tem a cabeça a prémio. É uma das cabecilhas do «golpe de estado». A 8 de Fevereiro de 1977, nasce Ernesto, o primeiro filho de Sita e de Van Dunem. «Demos-lhe o nome de ‘Ché’ em homenagem a Guevara», escreve aos pais. Continua defensora da causa do proletariado. Para Sita, que se encontra num Comando de Operações, a notícia do esmagamento da revolução chega como um dobre de finados. E prepara a fuga. Carlos Jorge e Nelson Pinheiro (Pitoco), elementos da DISA, chefiam a expedição, que estaciona junto a uma vala comum de 200 metros. Mal os prisioneiros se apeiam, soam as rajadas das «kalachnikov». Alguns ainda têm tempo de gritar: Salvem-me não fiz nada. A norte de Angola, na aldeia Kaleba, Francisco Karicukila esconde Sita Valles. Não se lembra do ano em que nasceu, mas sabe que em 1966 já lutava pela libertação de Angola. Em Junho, Sita Valles assina a sua sentença. De Kaleba, envia, através de um filho de Karicukila, uma mensagem para a família Van Dunem, «Na carta, ela dizia à secretária de Agostinho Neto para pedir aos soviéticos que lhe preparassem a fuga». Dias antes, às cinco da manhã de 1 de Agosto, sem julgamento, depois de ter sido torturada e violada por vários homens da DISA, Sita Valles, aos 26 anos, morria. Recusa a venda e olha o pletão de frente: «A cabra parecia que não queria morrer». Durante esse ano, jovens e velhos militantes do MPLA, ministros e chefes militares, desaparecem. Um tribunal militar, chefiado pelo coronel João Neto (Xieto), chefe de Estado-Maior Geral, decide quem deve ou não sobreviver. Nos cadernos não constam acusações, só o nome próprio e, ao lado, o nome de guerra das vítimas. Eram assinadas pelos dois chefes da DISA (Ludy) e Onambwe, e pelo Presidente da República. Os objectivos de tortura são um chicote e um espigão de ferro, aos quais chamavam Marx e Lenine. O capitão de Abril ainda guarda no corpo as cicatrizes, e não percebe como sobreviveu. Centenas de homens tinham morrido na mira da espingarda de Maninga, o chefe do centro. E os que escaparam, lutavam como podiam pela sobrevivência. Por uma mandioca qualquer preso se oferecia para coveiro. Desenterravam os cadáveres para os comer: era a única forma possível de pôr cobro à fome. «Foi um verdadeiro genocídio», afirma José Nunes. «Em Angola devem ter morrido umas 30 mil pessoas».
Nota: Estes foram trechos retirados de vários livros que falam destas atrocidades cometidas pelo MPLA para poder evitar que o povo de Angola seja livre.
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