Estes são os Blogues dos que amam Angola

Estes são os Blogues dos que amam Angola
Carreguem com o rato nesta imágem

Musica

segunda-feira, 14 de março de 2011

Que grande saudade do nosso lago!


Era sempre assim: Em frente à aldeia onde eu vivia, lá no meio da savana, mesmo ao fundo do morro, os pais dos meus amigos para construírem suas casas, retiravam terra lá dum local mesmo em frente à aldeia. A medida que tiravam essa terra o buraco ia crescendo e ficou mesmo muito grande. Ficou tão largo que, quando chovia, tornava-se num lago e nas suas bermas cresciam caniços da “massambala”. A “massambala” é um tipo de cana fina que junto de sua folhagem tem género de um espigo com um grão um pouco maior que o do trigo. Para além destes caniços crescia uma outra folhagem do capim conhecido por “marianga”. Aquele buraco junto da aldeia, lá longe onde eu vivia junto dos meus cambas (amigos), por noite dentro ouvia-se o canto produzido por centenas de rãs. Durante o dia, nós os miúdos, pegávamos um pedacinho de arame de rede de capoeira, afiávamo-lo e curvávamo-lo fazendo assim um anzol. Depois, pegava-mos um pau com 2 metros de “mica” (fio de nylon que se utiliza para a pesca e outros trabalhos), apanhávamos umas minhocas e colocávamos no anzol, logo a rã ia lá apanhar e nós as tirávamos para fora do lago. Fazíamos concurso para ver quem apanhava mais. A minha irmã mais nova com a idade dos 8 aos 11 anos, ficava lá connosco mas gritava para ver se algum, dos nossos cambas, lhe emprestava o “apanhador de rãs". Já rente à noite regressávamos felizes pela brincadeira que fazíamos lá no lago, no nosso lago!

16 comentários:

  1. Que lindo! Por um momento tive a impressão de estar lá!...

    ResponderEliminar
  2. Lindas lembranças de infância, José!
    Pelo que estou vendo, tens muitas coisas interessantes e singelas para nos contar, já que fostes criado em contacto direto com a natureza!
    Abraços!

    ResponderEliminar
  3. Olá, José! Obrigadíssima pela visita, e, disponha sempre, o meu blog também é seu! Amo a sua terra como se fosse minha, mesmo sem conhecê-la (deve ser coisa da ancestralidade). Por favor, continue escrevendo sobre ela, para que eu possa conhecê-la melhor! Luz e paz no seu caminho!...Abrs!

    ResponderEliminar
  4. Ser feliz por viver,
    Junto com a natureza
    Não poderá esquecer
    Lugar de tanta beleza.

    Como as imagens mostram,
    Vão suas casas construindo
    Ali a felicidade encontraram
    Enquanto durou foi lindo.

    Mas há quem não queira,
    Que os homens vivam em paz
    Porque fazem muita asneira
    Fazer melhor não são capaz.

    Por isso tinham inveja,
    A ganância era mais forte
    Naquele rio a gente veja
    Todos pareciam ter sorte.

    Quem lá viveu sente saudades,
    Que lhe parecia não ter fim
    Para ninguém tinham maldades
    Era maravilhoso viver assim.

    Para todos os angolanos desejo
    as mais sinceras felicidades.
    Um abraço
    Eduardo.

    ResponderEliminar
  5. Eu voltei com um blog novo pq o antigo foi denunciado. Nos seguíamos no outro,vim te resgatar rs.
    Beijokas millll.

    ResponderEliminar
  6. Jose
    Eu gostaria que meu primo lesse os seus contos pois ele teve uma experiencia péssima em Angola em 2010 trabalhando como engenheiro civil potr lá.
    Eu já acho que ele teve foi má sorte.
    um abraço carinhoso
    sua amiga Monica

    ResponderEliminar
  7. Jose: Sempre as tuas recordações da terra e do pais onde viveste, há coisas que nós nunca esquecemos.
    Um abraço
    Santa Cruz

    ResponderEliminar
  8. José, suas histórias de vida são lindas, essa não poderia ser diferente, só faço um protesto, levei um susto com a primeira imagem, tenho pavor de sapos...Rasrsrs
    Um abraço! Bjsss

    ResponderEliminar
  9. Adorei saber de suas aventuras infantis.

    BeijooO*

    ResponderEliminar
  10. LINDO
    Gostei muito...



    CONVITE

    A Direcção da Casa de Angola tem a honra de convidar V.Exa. para a apresentação do livro
    Caminhei&caminhando de Lili Laranjo, bem como a inauguração da exposição de pintura da mesma autora intitulado Angola no meu coração a realizar no dia

    8 de Abril pelas 17h, que terá lugar no nosso auditório.

    Na mesma data organizamos um jantar no nosso espaço gastronómico.

    Para reservar queira por favor contactar os nossos serviços.
    Com os nossos melhores cumprimentos

    Miguel Sermão
    Egidio Feijó
    Departamento Cultural



    Travessa da Fabrica das Sedas, nº7
    1250-107 - Lisboa
    Telef. 21 386 3496

    ( Este Convite é um pedido para ter os amigos e os amigos dos amigos.. o jantar será caldeirada de cabrito e a preço económico.)

    ResponderEliminar
  11. Que lembrança gostosa, José. Gosto muito de ler postagens de acontecimentos da infância, pois são quase sempe casos ternos e que todos nós já vivemos.

    ResponderEliminar
  12. José,estou em falta com vc, mas, não consegui um tempinho para vir agradecer a sua visita e passear pelos seus espaços.Gostei muito deste, que fala tão carinhosamente de sua infância em Angola.Não conheço a África,mas fico muito mexida com tudo que leio sobre este grande continente, e a ligação que o Brasil tem com vcs,quer seja na música, na religião, na gastronomia.Sou mineira, mas vivo em Salvador, onde encontro a influência africana presente em muitas coisas.
    Um abraço grande e apareça.
    Emília

    ResponderEliminar
  13. Querido amigo, entre poemas, poesias, contos, histórias tão diversas de cada um de nós,
    muitas vezes fazemos com que pessoas riam, chorem, fiquem emocionadas. Somos blogueiros
    colocamos nossos sentimentos em cada palavra, a todas nós Parabéns pelo nosso dia.
    Feliz dia do Blogueiro.

    ResponderEliminar
  14. .para ti...
    .


    PRIMAVERA



    Amor...
    Florir...
    Sorrir...
    E...


    Na Primavera...
    As flores...
    Florescem...
    Sorriem...
    E...


    Cativam o Amor...
    E nós...
    Deixamo-nos
    Embalar...


    E continuamos...
    A Amar!...


    LILI LARANJO

    ResponderEliminar
  15. Admirável e Fabuloso Amigo:
    "...Era sempre assim: Em frente à aldeia onde eu vivia, lá no meio da savana, mesmo ao fundo do morro, os pais dos meus amigos para construírem suas casas, retiravam terra lá dum local mesmo em frente à aldeia..."

    O retrato fiel do local que ama e sempre amará com a beleza e a pureza de si.
    Fantástico.
    Há lugares que já mais se dissiparão da nossa memória pelo sentimento e pensamento da ternura deles.
    Bem-Haja, amigo. Adorei.
    Abraço amigo de respeito profundo.
    Sempre a admirá-lo

    pena

    MUITO OBRIGADO pela sua simpatia no meu blogue que gostei muito.
    Bem-Haja, notável amigo. Faz "coisas" sublimes com delícia e de maravilhar.
    Excelente e divinal.
    Adorei.
    Parabéns sinceros.

    ResponderEliminar
  16. Amigo, só de ler me dá vontade de estar na Angola!
    Lindos escritos e imagens!

    ResponderEliminar