Savimbi
e o movimento do galo negro
Jonas Savimbi nasceu e cresceu na província do Bié.
Durante a sua juventude ganhou uma bolsa de estudos para a Europa (Portugal),
onde viria a se formar em ciências políticas. A maior parte da vida adulta do
líder da UNITA foi passada como líder da guerrilha.
Fluente em português, inglês e
francês,
Savimbi costumava reservar essas línguas para contactos com seus opositores
políticos, diplomatas ou jornalistas. No dia-a-dia, Savimbi usava a língua Ovimbundu para se exprimir.
A "UNITA - Movimento do Galo Negro" foi criada por Savimbi em 1966
para combater o colonialismo português. O líder da UNITA podia
ter chegado ao poder, com o fim do colonialismo, mas as eleições acordadas com
Portugal nunca chegaram a ser feitas porque o Movimento Popular de Libertação de Angola
(MPLA) tomou o País de assalto com a ajuda do exército cubano.
Ao fim de 15 anos de luta de guerrilha contado com grande apoio dos Estados Unidos
e Tropas sul-africanas contra o exército cubano, a UNITA consegue que estes
retirem de Angola e se façam eleições.
Em 1992,
Savimbi concorreu a eleições. Os resultados deram-lhe a derrota resolveu voltar
à guerra, visto que as eleições foram fraudulentas. O líder da UNITA retirou-se
para a cidade de Huambo e optou pelo caminho da guerra civil,
que causou a morte a milhares de pessoas. 1992 é
a data do principio do fim de Savimbi.
Savimbi estabeleceu Huambo como a sua capital e deixando claro aos jornalistas
com quem falava que o movimento que liderava pretendia a paz.
Em 1994,
a UNITA assinou os acordos de paz de Lusaca,
depois de meses de negociações, e aceitou desmobilizar as suas forças, com o
objectivo de conseguir a reconciliação nacional. O processo de paz prolongou-se
durante quatro anos, marcado por acusações e adiamentos. Apesar da UNITA ter
cumprido parte destes acordos enviando para Luanda os seus elementos para
fazerem parte do Governo de Unidade Nacional, o MPLA criou uma pseudo-Unita (a
chamada Unita renovada), para poder controlar o parlamento e a actividade
politica.
Em 22 de Fevereiro de 2002,
Jonas Savimbi foi morto na província do Moxico
(Leste de Angola) pelas Forças Armadas Angolanas com o apoio técnico de
mercenários, que resultou ainda na morte de outros elementos da UNITA.