Ai minha terra das memórias do caju apanhado ate onde chegava a mão das frondosas arvores no campo, das mangas mal maduras colhidas à pedrada no regresso a casa depois das aulas, do amanhecer na savana com o sol a romper o matinal cacimbo, da terra vermelha da barreira, local das minhas coboiadas com os miúdos da minha idade, do sal mal tirado da pele no duche apressado entre a manhã de praia e a sessão dupla do Scala, das folhas envernizadas dos palmares reflectindo os raios dourados da tarde, das ondas pintadas laranja ao entardecer e das nuvens jorrando vermelhos e dourados prenúncio da sinfonia de sons da noite abafada que se avizinha.
Oh terra minha dos cheiros após a repentina bátega de agua desabada entre relâmpagos que dá lugar a uma inesperada calmaria, dos condimentos e especiarias da loja do indiano, dos frangos na brasa do Piri-Piri, do sarapatel e do caril, e das flores dos jardins quando a lua se eleva redonda num fundo de estrelas.
Oh minha terra das ruas e praças e quintais, dos amigos da minha escola e do liceu, dos primeiros amores e do primeiro beijo, das mãos dadas e corpos próximos nas danças ao som dos 5 di Roma e dos Nigth Stars...
Das praias de areia dourada e ondas verde esmeralda e turquesa, dos rios serpenteando ora pachorrentos ora caudalosos, e das gentes várias, mas sobretudo das crianças pretas risonhas, de olhos redondos e dentes alvos sorriso espontâneo de quem ama a vida mesmo quando esta os parece ter esquecido.
Onde estão as poeiras douradas dessa vida que de ti me afastou, onde morarão as recordações de um tempo já passado (ou sonhado) que connosco desaparecerão?
Oh minha terra das ruas e praças e quintais, dos amigos da minha escola e do liceu, dos primeiros amores e do primeiro beijo, das mãos dadas e corpos próximos nas danças ao som dos 5 di Roma e dos Nigth Stars...
Das praias de areia dourada e ondas verde esmeralda e turquesa, dos rios serpenteando ora pachorrentos ora caudalosos, e das gentes várias, mas sobretudo das crianças pretas risonhas, de olhos redondos e dentes alvos sorriso espontâneo de quem ama a vida mesmo quando esta os parece ter esquecido.
Onde estão as poeiras douradas dessa vida que de ti me afastou, onde morarão as recordações de um tempo já passado (ou sonhado) que connosco desaparecerão?
Gostei de ler as suas saudades e fica a sugestão para o desenvolvimento do turismo na região, que é muito bonita. Um abraço, Yayá.
ResponderEliminarAí vejo muitas palavras e frutas familiares também no Brasil!
ResponderEliminarHá muita afinidade!
Abraços, José!
Linda esta relação que temos meu bom José.
ResponderEliminarSaudade é isto ela vem e pronto.
Sempre será primavera no seu coração,mesmo no outono.
Um abração meu amigo e bom fim de semana.
José
ResponderEliminarEu sempre quiz conhecer este pais. Por causa dos livros que li.
E este sabado está azul de verdade aqui nas Minas Gerais.
com carinho Monica
Acho que agora deu certo!
Muito belo este texto e que deixa saudades em qualquer Africano.
ResponderEliminarUm beijo, José.
verdadeira declaração de saudade untada por poéticas e não menos intensas lembranças.
ResponderEliminarCadinho RoCo
Amigo sentindo sua falta.
ResponderEliminarTudo bem com voce?
Um abraço de criança feliz a voce.
Noticias amigo.
Oi meu amigo! Venho tentando fazer comentário em seu blog sem conseguir,espero que consiga desta vez. Beijos
ResponderEliminarBoa tarde José!!
ResponderEliminarUm belo páis!
Saúde amigo e boa sorte!
Carla