Eu queria escrever-te uma carta amor,
Uma carta que disse-se deste anseio!
Deste anseio de te ver!
Deste receio de te perder!
Deste mais bem-querer que sinto!
Deste mal indefinido que me persegue!
Deste saudade em que vivo todo entregue!
Eu queria escrever-te uma carta amor!
Eu queria escrever-te uma carta amor…
Uma carta de convivências íntimas!
Uma carta de lembranças de ti!
De ti, dos teus lábios vermelhos como tacula!
Dos teus cabelos negros como diloa!
Dos teus olhos doces como mecombe!
Dos teus seios duros como maboque!
Do teu andar de onça!
E dos teus carinhos!
Que maior não encontrei por aí!
Eu queria escrever-te um carta amor,
Que recorda-se nossos dias na capopa!
Nossas noites perdidas no capim!
Que recorda-se a sombra que nos caía dos gampos!
O luar que sequava das palmeiras sem fim!
Que recorda-se a loucura da nossa paixão!
E amargura da nossa separação! …
Eu queria escrever-te uma carta amor,
Que no lesses sem suspirar!
Que a escondesses do papai Pongo!
Que a sono negasse na niquieza!
Que a relesses sem a infruieza!
Sem a infruieza do esquecimento!
Uma carta que em todo o quilombo,
Outra a ela não tivesse merecimento!
Eu queria escrever-te uma carta amor!…
Eu queria escrever-te uma carta amor,
Uma carta que te levasse o vento que passa!
Uma carta que os cajus e cafeeiros!
Que as hienas e palancas!
Que os jacarés e bagres!
Pudessem entender!
Para que se o vento a perdesse no caminho,
Os bichos e as plantas!
Compadecidos dos nossos plugente sofrer,
De canto em canto!
De lamento em lamento!
De farfalhar e farfalhar!
Te levassem puras e quentes!
As palavras ardentes!
As palavras magoadas da minha ir dar-te!
Que eu queria escrever-te amor!
Eu queria escrever-te uma carta
Mas… há meu amor…
Eu não sei compreender porque é!
Porque é meu bem!
Que tu não sabes ler!
E nem eu… pró desespero… não sei escrever também!!!
Uma carta que disse-se deste anseio!
Deste anseio de te ver!
Deste receio de te perder!
Deste mais bem-querer que sinto!
Deste mal indefinido que me persegue!
Deste saudade em que vivo todo entregue!
Eu queria escrever-te uma carta amor!
Eu queria escrever-te uma carta amor…
Uma carta de convivências íntimas!
Uma carta de lembranças de ti!
De ti, dos teus lábios vermelhos como tacula!
Dos teus cabelos negros como diloa!
Dos teus olhos doces como mecombe!
Dos teus seios duros como maboque!
Do teu andar de onça!
E dos teus carinhos!
Que maior não encontrei por aí!
Eu queria escrever-te um carta amor,
Que recorda-se nossos dias na capopa!
Nossas noites perdidas no capim!
Que recorda-se a sombra que nos caía dos gampos!
O luar que sequava das palmeiras sem fim!
Que recorda-se a loucura da nossa paixão!
E amargura da nossa separação! …
Eu queria escrever-te uma carta amor,
Que no lesses sem suspirar!
Que a escondesses do papai Pongo!
Que a sono negasse na niquieza!
Que a relesses sem a infruieza!
Sem a infruieza do esquecimento!
Uma carta que em todo o quilombo,
Outra a ela não tivesse merecimento!
Eu queria escrever-te uma carta amor!…
Eu queria escrever-te uma carta amor,
Uma carta que te levasse o vento que passa!
Uma carta que os cajus e cafeeiros!
Que as hienas e palancas!
Que os jacarés e bagres!
Pudessem entender!
Para que se o vento a perdesse no caminho,
Os bichos e as plantas!
Compadecidos dos nossos plugente sofrer,
De canto em canto!
De lamento em lamento!
De farfalhar e farfalhar!
Te levassem puras e quentes!
As palavras ardentes!
As palavras magoadas da minha ir dar-te!
Que eu queria escrever-te amor!
Eu queria escrever-te uma carta
Mas… há meu amor…
Eu não sei compreender porque é!
Porque é meu bem!
Que tu não sabes ler!
E nem eu… pró desespero… não sei escrever também!!!
Boa noite, meu amigo, poeta escritor José Sousa!
ResponderEliminarLi e reli, vi ouvi,revi e reouvi este maravilhoso poema Carta de um Contratado, de António Jacinto,declamado genialmente por José Ramos, com musica do Travadinha.
Já conhecia o poema, nunca o tinha ouvido declamado desta forma sublime.
Imagens deliciosas.
Obrigada, meu amigo José, por partilhar com os seus seguidores no seu blog. Abraço amigo e até sempre.
Carta de contrato escreveu,
ResponderEliminarTinha medo de alguém perder
Ao amor que não esqueceu
Para ele essa carta iria ser
Num canto a farfalhar
Deliram corações
Seus lábios beijar
Fortes paixões.
Para si, meu afilhado desejo uma boa noite,
bem como para sua mãe.
Um abraço
Eduardo.
JOsé,que que lindo, que acalento para alma. Estou aqui com problemas familiares (minha mãe de 83 anos está com câncer) Parei e escutei tudo com lágrimas nos olhos. Parabéns. !!!!
ResponderEliminarpara o amor não existe barreiras! lindo! Parabéns josé!
ResponderEliminarEu nao conhecia Bom Jose, é muito lindo quanto triste, para este amor que avassala.
ResponderEliminarMeu abraço amigo de paz e luz.
José, esse poema é lindo por si só pois exalta o sentimento mais nobre que é o amor...Amor que aquece a alma e embala o coração.
ResponderEliminarAmei o poema onde a sensualidade e o romantismo estão presentes com elegância.
Beijos...
Está mau para cartas. Também lhes vão aplicar o IVA, e nem vale a pena as pessoas aprenderem os sinais de fumo, como os índios, por que logo apareceria o Governo com uma taxa nova. boa semana
ResponderEliminarPrezado Amigo
ResponderEliminarHoje eu vim pensando um pouquinho em meu sonho
por favor clique no Link
http://www.mariaalicecerqueira.com/2011/08/prezado-amigo-leitor-e-seguidor-me.html
Muito obriga de coração
abraço Fraterno
atenciosamente Maria Alice
Fronteiras pode não ter o amor, mas dificuldade de comunicação, sim. Infelizmente. Por mais belo que seja o poema, mostra uma impossibilidade. Não de escrita, mas de se mostrar o sentimento em forma de palavras que alguém não vai entender.
ResponderEliminarBjs.
Eu sigo você com prazer, você ama o seu país, pode promover a paz que o mundo precisa. Um abraço, Yayá.
ResponderEliminarBelo pema! Parabéns pelo blog!
ResponderEliminarCumprimentos cinéfilos!
O Falcão Maltês
Boa tarde! pode adicionar o meu blogue à zona de links deste blogue sff?
ResponderEliminarhttp://davidjosepereira.blogspot.com/
Jose´,que bela carta de amor!O final completemente inusitado e comovente!Adorei sua poesia e seu blog eu já sou seguidora tb!Bjs,
ResponderEliminarOlá,José!
ResponderEliminarUma bela carta poema!O amor não tem fronteiras, mas as vezes se depara com pequenas barreias, um não sabe ler, outro não sabe escrever...mas o sentimento supera tudo.
*Que bom que visitaste meu Jardim.Obrigada.
E quem não gosta de escrever cartas de amor
ResponderEliminarE quando não se sabe escrever, pinta-se algo para simbolizar o amor
E quem não sabe ler entenderá os símbolos,
e claro que se sensibilizará com a magia de ler e ou escrever uma sábia carta de amor.
Muito interessar e sábia a sua carta de contrato.
Abraço
Quanta sensibilidade! Falta de comunicação, tão presente nos nossos dias!
ResponderEliminarAdorei.
Que o sonho exista e o querer prevaleça!
Espero que esteja bem!
ResponderEliminardeixo umas palavras de amizade !
Angela