Estes são os Blogues dos que amam Angola

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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Gosto de ser realista e transparente!



Do blogue “Casa de Luanda”.


JOSÉ SARNEY

Língua e ferrovia•
Quando, em 1988, visitei Angola e conversei bastante com o presidente José Eduardo dos Santos, a guerra civil estava num dos seus piores momentos. Falamos, sobretudo, sobre o modelo atrasado e retrógrado da administração portuguesa. O presidente angolano pensava em fortificar e desenvolver as línguas tribais com o objetivo de extirpar o português. Fi-lo ver que a nossa experiência fora diferente. Aqui o português matou os dialetos, sobrepôs-se ao nheengatu, a língua geral, e serviu para consolidar a unidade nacional.
Assim, dizia eu ao presidente angolano, se os portugueses pouco deixaram em Angola, deixaram a língua, que a nova nação deveria utilizar para tirar todos os proveitos políticos, a unidade nacional e como instrumento para a educação e inserção no mundo com seus 400 milhões de falantes de português.

Comentários lá no blogue

Anónimo disse...


Curiosamente, o Presidente Sarney deveria ter dito que Angola, entre a década de 60 e 70, foi o país a nível mundial com maior taxa de crescimento...
Exportações Notáveis de Café, Algodão, Sisal, Diamantes, o petróleo a começar a ser explorado, Madeiras, etc. etc...

José Sousa diz.


Blogueiros da “Casa de Luanda”! Toma como informação credível do que já falou o outro comentarista antes! O "Anónimo". Ele falou a verdade! Quando você diz que "Assim, dizia eu ao presidente angolano, se os portugueses pouco deixaram em Angola, deixaram a língua, que a nova nação deveria utilizar para tirar todos os proveitos políticos". Que eu saiba, quando os Portugueses chegaram a Angola em 1486, as casas dos nativos era de pau a pique e capim! Já nos anos 60 o meu pai vendeu tudo o que tinha em Portugal para fazer florir essa Angola. E sempre que tentou enviar algum dinheiro para Portugal, o governo de Salazar não deixava, era proibido. Só os Importadores e exportadores, conseguiam deixarem os seus dinheiros já em bancos da Suíça para que o governo português não tivesse conhecimento! Todas essas belas cidades que aí conheci e aí ficaram, eram fruto de Portugueses! Sabiam? Tirem essa venda dos olhos e vejam com toda a claridade! Eu defendo quem é realista.
A Angola que todos conheceram, com lindas cidades, estradas de ligação às mesmas, ferrovias, aeroportos, pontes, Barragens, escolas para todos, hospitais, empresas fabris onde todos tinham direitos ao emprego, só não trabalhava quem era malandro, tal como acontece em Portugal, etc. Foram os portugueses quem desenvolveram a Angola que chegou a ser o maior país, com melhores condições de igualdade social, em toda a África. Em Angola, quando da chegada dos portugueses, só existiam casas, como já disse, de pau a pique cobertas e forradas com capim ou rama de palmeira. Se hoje acham que esse desenvolvimento que existe no país é bom, isso se deve aos europeus. Mas eu condeno, pois sou a favor e defendo a rica cultura do povo Angolano, o seu habitat natural, sem andarem a tapar o chão com cimento e alcatrão. É uma pena estar a ser substituído, cultura e costumes, pela europeia, principalmente a do Brasil, China e Portugal.
Agora até já andam com macas (teimosia), por causa da dança “Capoeira”. Os Angolanos dizem que é uma dança Angolana, os Brasileiros dizem que é Brasileira. Na minha opinião, e como sempre vivi muito as tradições do povo angolano, a “Capoeira” é uma dança inventada no Brasil pelos escravos que trabalhavam nas roças. A música verdadeiramente angolana é o “Semba”.
Não estou, com isto, a querer menorizar ninguém, até porque sou contra os que invadem outros povos e tentam acabar-lhes com suas raízes e suas culturas. E então Angola é riquíssima em cultura. “Cada macaco em seu galho”. Sou contra a globalização, pois ela só serve para aumentar o fosso da corrupção.

Estas construções tem a ver com as construções portuguesas e europeias que é pobre e que destroi o habitat de qualquer parte do planeta.




Estas são as construções reaias e naturais de Angola e dos Angolanos que tem a ver com uma cultura muito rica e de um habitat riquissimo.
Vejam este Link:
http://www.a-patria.com/news/policia-prende-david-mendes-e-pares/

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Na Quibala, meu Kwanza-sul a florir (Feliz!!!)

Do Jornal de Angola


Quibala, que foi elevada à categoria de vila ainda no tempo colonial, em 15 de Janeiro de 1974, é uma das localidades do Kwanza-Sul que mais sofreu durante o conflito armado, mas hoje, com a paz e estabilidade, começa a ganhar um novo cenário.

As acções, no âmbito da reconstrução nacional, são visíveis e constam da lista de prioridades definidas pelo governo da província, razão pela qual a sede do município já conta com novas infra-estruturas sociais, ligadas aos sectores da educação e saúde.
No sector da saúde, as autoridades sanitárias salientam o abastecimento de medicamentos essenciais que, garantem, melhorou significativamente, o que proporciona maior cobertura na assistência às populações.
Outro motivo de orgulho para os munícipes da Quibala é o número razoável do corpo clínico.
O chefe de secção de saúde em exercício afirmou, ao Jornal de Angola, que trabalham no município quatro médicos, um técnico médio e 130 técnicos básicos.
A Quibala tem um hospital municipal e oito postos médicos.
O sector da Educação também está em crescimento, dispondo de 68 salas de aulas em funcionamento na sede, na periferia e nas comunas, para atender os vários subsistemas de ensino no município.

Luz e estradas

O sistema de iluminação pública é assegurado por um gerador de 306 Kva. Para um abastecimento normal decorre o processo de renovação da rede eléctrica nas zonas urbanas e peri-urbanas.
A reabilitação das vias rodoviárias decorre a bom ritmo, estando em curso obras de reparação nos troços entre a sede municipal e as comunas do Cariango, Lonhe e Ndala Kachibo.
A sede do município da Quibala beneficiou, em 2009, de obras de alcatroamento das principais ruas, reabilitação do sistema de captação, tratamento e distribuição de água potável.

Comércio e Turismo

As operações bancárias no município da Quibala num passado recente quase que eram impraticáveis, devido a inexistência de agências. Hoje, há duas, uma das quais construída de raiz. O sector do comércio, disse, ao Jornal de Angola, a administradora Fernanda Cabral de Almeida, “ainda está aquém das expectativas das populações, tendo em conta a pouca agressividade dos comerciantes”.
Fernanda de Almeida adiantou que se esperam “muitos investimentos do sector privado, o que pode aumentar o volume de negócios”.
O município da Quibala, referiu, é privilegiado, por ser o elo de ligação entre Luanda e o Planalto Central.
A Quibala, frisou, “tem muito a oferecer aos transeuntes, logo que sejam explorados os locais de interesse paisagístico e turístico, empreitada que considerou de execução a curto prazo.
Para o presente ano e no quadro do programa do fundo à gestão municipal, a administração da Quibala vai implementar vários projectos sociais, com acções viradas para a aquisição de equipamentos para suportar o saneamento básico, construção da residência do administrador comunal de Cariango, primeira fase da reparação de passeios e lancis e manutenção da rede de distribuição de energia eléctrica. Para suportar os encargos, em Dezembro de 2009, recebeu quase 86 milhões de Kwanzas
Fernanda Cabral anunciou que o seu executivo pensa acelerar o desenvolvimento do município, com a colaboração do sector empresarial privado e das populações.
“Nós temos de trabalhar muito rápido para elevarmos a vila da Quibala à dimensão que merece. “Em todos os domínios, com destaque para a dinamização do ramo do turismo, construção de infra-estruturas sociais e industriais, habitação e outras que vão conferir dignidade aos munícipes”, salientou. Fernanda Cabral mostrou-se optimista quanto à resolução dos problemas sociais que afligem as populações, tendo em conta as várias acções do sector privado, que estão a ser desenvolvidas no município, com destaque para os projectos “Procana”, “Aldeia Nova” e “Terra do Futuro”. A fome e o desemprego, sublinhou, têm os dias contados.
A administradora pediu aos empresários que se empenhem, cada vez mais, na oferta de bens e serviços às populações da região.
Administrativamente, o município está dividido em quatro comunas: sede, Cariango, Lonhe e Ndala Kachibo e um sector administrativo de Katofe.
A Quibala tem 10.800 quilómetros quadrados e 142.248 habitantes.
A região, potencialmente agrícola, é considerada um dos celeiros da província, potenciando os mercados do Amboim (Gabela) e de Luanda, com produtos localmente cultivados, como milho, feijão, batata rena e doce, jinguba e abacaxi.
A administradora municipal da Quibala, satisfeita com as obras que vão dar um novo visual à vila, agradeceu os esforços do Governo que “tem realizado importantes acções para satisfazer as inúmeras necessidades das populações” e retirar a circunscrição dos escombros resultantes do conflito armado.
É Angola a florir! Que bom... os angolanos merecem.

Táxi Pluvioso disse...

Eu já não sei se muito progresso é coisa boa. Cobrir o chão com alcatrão e cimento, Bancos para controlar a vida económica do cidadão, apartamentos empilhados uns em cima dos outros, etc. talvez seja inevitável, mas não sei se leva a algum lado, exceto à indústria do biológico e da ecologia. Aquilo que se chamava batatas e cebolas antigamente, hoje chamam-se produtos biológicos, vá lá o diabo perceber isto.


14 de Fevereiro de 2011 23:30


Minha Resposta...

Com toda a razão, estão destruindo o habitat mais lindo que já conheci! Substituir Selva e Savanas pelo alcatrão cimento e ferro... é um atentado feito pelos gananciosos. É triste a assacinagem que estão fazendo á terra que amo.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Locais por onde navega a minha alma

Ao ver estas duas fotos, de 2009, o meu coração bateu! A primeira, da ponte, esta era uma ponte em madeira até final de 1975 e situava-se mesmo no final da fazenda de meu pai. Aqueles morros (montanhas) via-as todos os dias de nossa casa. A outra foto, das bombas de combustíveis no Moquitiche, trouxe-me recordações tristes. Eu e meus pais vivia-mos na Cananguena – Lundo, como já falei, pertinho daquela ponte e mesmo á beira do rio Nhia do lado contrário da CAOP. Quando as gentes da Gabela fugiram á guerra, nessa noite em que se preparavam para a fuga, pois o ambiente na cidade era de tiroteio do MPLA com a UNITA, um rapaz que vivia na Gabela trabalhando na loja do Senhor Loureiro, o fornecedor de tabaco aos bares pela manhã, o Jorge Loureiro Morais, partiu nessa noite e fez 50 quilómetros a fim de nos resgatar. A nossa fuga foi para a CAOP e no dia seguinte fomos por Dala Caxibo direitos a Moquitiche onde chegamos já às 21h. Ali jantamos do pouco que havia no restaurante dessas Bombas de combustíveis. Depois de jantar pensamos em dormir ali dentro dos carros. Qual não foi o nosso espanto, quando já dormindo, apareceu um geep "Land Rover" com cerca de 20 homens bem armados. Saltaram do Geep e dirigiram-se a nós de armas apontadas. Logo reparei que eles tinham o crachá da UNITA e disse-lhes: "Boa noite irmãos". Eles perguntaram-me se éramos mesmo “irmãos” ou “camaradas”, (pois “camaradas" era sinónimo de comunismo, e isso era a forma de tratamento por parte do MPLA que lutava para implantar o comunismo em Angola), eu disse-lhes que éramos "irmãos" e dizendo isto tirei de debaixo do tapete do carro o meu cartão de militante da UNITA. Aí o comandante deles disse: Hei irmãos, estes são nossos, eles têm cartão de militância. Depois de alguma conversa aconselharam-nos a não pernoitar ali pois na tarde desse dia tinha havido nos arredores confrontos entre a UNITA e o MPLA, como tal era provável que houvesse feridos ou fugitivos dentro do capim. Voltamos a traz e fomos dormir numa fazenda. De manhã ao nascer o sol partimos e voltamos a passar em frente a estas bombas de combustível da SHEL e seguimos para a Quibala onde ficamos á espera da coluna com cerca de 500 automóveis que vinha da Gabela. Só ali chegara por volta das 16h devido a terem encontrado barreiras feitas pelos apoiantes do MPLA. Nota: Nessa coluna não vinham só os brancos, também vinham os negros que eram afectos ao branco e militantes da UNITA. Da Quibala seguimos todos para Nova Lisboa (Huambo).