Estes são os Blogues dos que amam Angola

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quinta-feira, 29 de abril de 2010

Extorquidores de bens colocam o povo na miséria

Por: Nela de Kandando

Até dói o coração ver os filmes “Angola saudades de quem te ama I e II”, no primeiro pelo respeito que demonstram pelos seus queridos mortos, no segundo pela vida fácil e difícil que esses jovens angolanos levam, como é difícil viverem o dia-a-dia e em que condições miseráveis nem mesmo animais deveriam viver dessa maneira, e fácil porque adquirem maus hábitos para lhes facilitar viver, mas que deixa marcas profundas para o futuro. Penso que devem estar tão habituados a esse modo de vida que não querem ir para instituições, porque ai têm regras e eles não as querem cumprir, mas a sabedoria está nos que sofrem, já sabem ver o que está mal, talvez saia dai um novo líder.
Agora que contraste da maneira de viver dessas crianças e os imensos carrões topo de gama que se vêem nas ruas, Angola realmente é para os ricos, e ainda se confirma melhor no filme A caminho de casa, que belo condomínio, mas mais uma vez para quem pode, os ricos.....
E pensar que eu e os meus pais sempre vivemos no bairro da Cuca, numa rua sem asfalto e só podemos ter carro de segunda mão mas já usado ao fim de 15 anos de ai viver e tanta economia foi preciso fazer, éramos pessoas de bem, agora ninguém se mistura, as pessoas vivem em condomínios privados e fechados, parece que têm medo de ver a realidade angolana, pois lá dentro nas suas belas casas com todas as mordomias abstraem-se da verdadeira pobreza que os rodeia. Tenho pena que as coisas estejam assim, os contrastes são descomunais.

Por: José Sousa de Kandando

Sinceramente!!! Depois de ver os dois filmes "Angola saudades de quem te ama", fiquei desiludido e muito triste. Eu amo Angola a cima de tudo, mas, nunca no tempo em que lá vivi, no tempo Colonial, de 1961 a 1975, nunca vi um desequilíbrio tão grande entre pobre e rico! Não... não vi crianças sofrendo com fome e terem que andarem na rua a pedir! Não, não vi… todos tinha fartura de alimento e todos tinham direito a estudar, se não iam à escola era porque os pais, para não trabalharem, mandavam os filhos fazerem os biscates. Mas, fome! Isso era coisa que não existia em Angola. Também, como já alguém falou, quem comprava carro, ou seria usado, ou não seria um topo de gama. É muito triste o que se passa em Angola hoje em dia! Pessoas vivendo em altos luxos e outros comendo um pouco de arroz colocado num cartão por falta de prato e comendo com uma colher improvisada de cartão! Nunca isso existiu quando por lá vivi. E atenção! Eu vivi no mato, a 50 quilómetros da Cidade da Gabela, mas ia de vez em quando às cidades, à Gabela, Luanda, Huambo, Benguela, Sumbe, Porto Amboim, Lobito, Benguela e isso de miséria nunca vi. Lamento muito o que estão deixando acontecer em Angola. Ou se muda de governo, ou o verdadeiro patriota vai ser chupado, escravizado e miserável, por culpa do capitalismo estrangeiro e do José E. dos Santos e seus capangas. Eles é que são os causadores de toda a miséria e problemas. É um governo não legitimado pelos angolanos, verdadeiros patriotas. Um governo com uma politica 50 vezes pior da que existiu em Portugal de Salazar. Agora sei porque o MPLA lutava pela independência! Era para se apoderar do poder e extorquir a riqueza só para capangas e familiares e fazer de todo um povo, um povo miserável!!! É orrivel...

Por: Maria de Kandando

Que tristeza ver como está luanda!!!!!
Afinal luanda tem hoje a pura cara da africa, e como africana que é, é sinónimo de todas as outras cidades africanas.....desmazelo, sujeira, ruas que viraram mercearias falta de higiene, incompetencia e desordem em todos os lugares,vendedores ambulantes por toda a parte, maior parte de suas gentes maltrapilha e de baixíssimo nível .......palmeiras e jardins secos por falta de trato e tanta ignorância humana.....
Gente temos de acordar para a realidade!!!!!!!!Não pudemos mais ficar imaginando luanda como a 40 anos atrás!!!!!
Angola toda está com a cara da verdadeira africa miserável, corrupta e perdida!!!!
É triste mas é a realidade... Triste ver esses novos tipos de loja com cenário de lama e lodo bem na frente!!!!!
É a nova sobrevivência dessa pobre gente perdida que mais parece gado... mas em outros tempos pelo menos andavam bem higienizados e com melhor aparência....será que de tão perdidos que andam, esqueceram de tudo???
As imagens com a verdadeira realidade de hoje, que não gostaríamos de ver só nos chocam cada vez mais. É triste demais.... Na época colonial nada disso acontecia, ninguém morria de fome, nem criança alguma estava nessas condições.
Os que diziam ser "verdadeiros defensores" do povão e estão no puleiro vivendo com o maior luxo, viajando pelo mundo fora com incríveis mordomias e dando gorjetas polpudas aos garçons dos países por onde viajam, para darem a impressão que em angola está um paraíso, foram precisamente os primeiros que viraram as costas para toda essa população, marginalizando-os e excluindo-os de tudo.....
e no final de contas os colonizadores é que eram muito maus....
As imagens e videos de angola do presente dizem tudo, mostram a verdadeira face de santo dos "verdadeiros defensores" do povão... só precisam ser canonizados...O video em baixo, estão todas as razões pela qual o Bloco não quis receber o dito presidente de angola na viagem a portugal , nem precisamos comentar mais nada, a música retrata tb o descontentamento de grande parte da população.
Enquanto o sanguessuga ditador corrupto continua no poder mais de 30 anos violando, sabotando e enriquecenco cada vez mais assim como toda sua família, o povão continua na mais completa miséria...e morrendo de fome...
Doa a quem doer mas a brutal desigualdade social crescente a cada dia em angola bem como desrespeito total aos direitos humanos só não vê quem não quer....
é triste mas é a pura realidade...os videos mostram tudo...


Por: Ritinha de Kandandos


Realmente que imagens chocante para quem deixou para trás uma Luanda tão linda e limpinha!
Quem se atreverá a entrar naquele chiqueiro para fazer compras?
Aí na carrinha, eles vão bem trites. Será que a urnas leva morto?
Que coisa horrível.
Pobre Angola...pobre povo Angolano!

Por: Casimar de Kandados

A tua visão, é partilhada por muitos angolanos que se encontram, espalhados pelo mundo.No exterior de Angola. Só é pena, que os angolanos que vivem e sentem na pele diáriamente as dificuldades, gostem de ser «massoquistas» ao ponto de escolherem para orientar os seus destinos, os governantes que os maltratam.
Optam, pelo lamento e pelo sorriso, farra e bebidas. Desvalorizando a maior arma que possuem. Provavelmente desconhecem o elevado valor que o «voto» pode possuir no seu destino e do país. Deixam-se cegar pelas palavras do marketing político, e pelas ofertas de chapéus, camisolas, etc,. Enquanto os abutres, vão sacando as riquezas do país.
Vamos continuar o nosso trabalho.
Estamos aqui, para falar de Angola, para o bem e para o mal.

Por: Jaime Rodrigues de Kandandos

Pelas imagens que vi ,e pelo arrepio que me percorreu o corpo de alto a baixo,só posso dizer : como é que isto é possivel,uns com tudo e outros infelizmente sem nada.
Aquilo que sinto neste momento,é dificil de explicar por palavras, pois não consigo entender, de como os governantes desta nova Angola,podem ficar indiferentes a uma situação destas,pois agora, acredito que não deve de ser a unica,deve de haver muitas mais crianças,mulheres e homens a passar fome,a comer o pão que o coisa ruim amassou a viverem situações a que nós nem imagina-mos.
Ao meu ver, e isto sinceramente, me deixa com uma tristeza sem igual,pois esta realidade não é para mim,mas infelizmente, é a dura e crua realidade desta nova ANGOLA, e não, a realidade que os pomposos politicos pintam e se envaidessem.
Resumindo em poucas palavras: A NOVA REALIDADE DE ANGOLA (que um dia foi minha tambêm).
Que Deus ajude todas as crianças,mulheres e alguns homens de ANGOLA.

Por: Xana de Kandandos

amiga casimar e isso mesmo eles gostam do desleixo e isso e a fachada de eles todos
ricos e pobres.
So aparencia e incompetencia...
Se eles fossem competentes e bem formados nao havia tantos estranjeiros a trabalharem na nossa terra.
Eles culpam a guerra mas ja antes era assim com a guerra, piorou porque desleixaram a educaçao, tenho pena dessa gente, mas se eles escolheram assim eu estou errada por ter pena deles.
Nao acha amigas e melhor nao falarem mal tem gente que nao gosta e fica mal disposta. Ainda bem que tem pessoas corajosos como esse senhor que coloca o filme para todo mundo ver que a nossa terra nao esta nada bem e que o povo e as crianças continuam a morrer por falta de casa comida saude. Eu fico mal disposta e revoltada por ver que na nossa terra os sonhos do povo sao uma ilusao dos governantes e dos que tem muito dinheiro.

Vou embora

Isto doi... Nunca pensei que os Angolanos queriam a independencia para viverem em tamanha miséria e lixeira. Meu Deus... põe a mão nos verdadeiros filhos de Angola! Por favor... eles não merecem que os ocidentáis, com o apoio de José Eduardo dos Santos, estejam esturquindo toda a riqueza de Angola deixando os verdadeiros filhos em tamanha miséria. Nunca assim viveram no tempo colonial!!!


sábado, 24 de abril de 2010

É mais fácil nos por na capa de Jornal que nos ajudar!

Este artigo é do meu fiél amigo em Benguela (Guy Rodrigues)



Notem só, esta criança, não tendo um telemóvel verdadeiro, constroi um de barro. O seu sorriso, é um sorriso de felicidade e lindo que só existe estampado na face de quem é pobre. Estarão para sempre em meu coração.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

"This is beautiful! Try not to cry."

O conteúdo desta mensagem não é da minha autoria... mas não poderia deixa-la só par mim.


Ela deu um pulo assim que viu o cirurgião a sair da sala de operações.
Perguntou:
-Como é que está o meu filho? Ele vai ficar bom?
- Quando é que eu posso vê-lo?'
O cirurgião respondeu:
- Tenho pena. Fizemos tudo mas o seu filho não resistiu.
Sally perguntou:
- Porque razão é que as crianças pequenas têm câncer? Será que Deus não se preocupa?
- Aonde estavas Tu, Deus, quando o meu filho necessitava?’
O cirurgião perguntou:
-Quer algum tempo com o seu filho? Uma das enfermeiras irá trazê-lo dentro de alguns minutos e depois será transportado para a Universidade.
Sally pediu à enfermeira para ficar com ela enquanto se despedia do seu filho. Passou os dedos pelo cabelo ruivo do seu filho.
- Quer um cachinho dele?' Perguntou a enfermeira.
Sally abanou a cabeça afirmativamente.•
A enfermeira cortou o cabelo e colocou-o num saco de plástico, entregando-o a Sally.
- Foi ideia do Jimmy doar o seu corpo à Universidade porque assim talvez pudesse ajudar outra pessoa, disse Sally. No início eu disse que não, mas o Jimmy respondeu:
- Mãe, eu não vou necessitar do meu corpo depois de morrer. Talvez possa ajudar outro menino a ficar mais um dia com a sua mãe.
Ela continuou:
- O meu Jimmy tinha um coração de ouro. Estava sempre a pensar nos outros. Sempre disposto a ajudar, se pudesse.
Depois de aí ter passado a maior parte dos últimos seis meses, Sally saiu do "Hospital Children's Mercy" pela última vez.
Colocou o saco com as coisas do seu filho no banco do carro ao lado dela.
A viagem para casa foi muito difícil.
Foi ainda mais difícil entrar na casa vazia.
Levou o saco com as coisas do Jimmy, incluindo o cabelo, para o quarto do seu filho.
Começou a colocar os carros e as outras coisas no quarto exactamente nos locais onde ele sempre os teve.
Deitou-se na cama dele, agarrou a almofada e chorou até que adormeceu.
Era quase meia-noite quando acordou e ao lado dela estava uma carta.
A carta dizia:
-Querida Mãe,
Sei que vais ter muitas saudades minhas; mas não penses que me vou esquecer de ti, ou que vou deixar de te amar só porque não estou por perto para dizer:"AMO-TE".
Eu vou sempre amar-te cada vez mais, Mãe, por cada dia que passe.
Um dia vamos estar juntos de novo. Mas até chegar esse dia, se quiseres adoptar um menino para não ficares tão sozinha, por mim está bem.
Ele pode ficar com o meu quarto e as minhas coisas para brincar. Mas se preferires uma menina, ela talvez não vá gostar das mesmas coisas que nós, rapazes, gostamos.
Vais ter que comprar bonecas e outras coisas que as meninas gostam, tu sabes.
Não fiques triste a pensar em mim. Este lugar é mesmo fantástico!
Os avós vieram me receber assim que eu cheguei para me mostrar tudo, mas vai demorar muito tempo para eu poder ver tudo.
Os Anjos são mesmo lindos! Adoro vê-los a voar!
E sabes uma coisa?...
O Jesus não parece nada como se vê nas fotos, embora quando o vi o tenha conhecido logo.
Ele levou-me a visitar Deus!
E sabes uma coisa?...
Sentei-me no colo d'Ele e falei com Ele, como se eu fosse uma pessoa importante. Foi quando lhe disse que queria escrever-te esta carta, para te dizer adeus e tudo mais.
Mas eu já sabia que não era permitido.
Mas sabes uma coisa Mãe?...
Deus entregou-me papel e a sua caneta pessoal para eu poder escrever-te esta carta.
Acho que Gabriel é o anjo que te vai entregar a carta.
Deus disse para eu responder a uma das perguntas que tu Lhe fizeste,
"Aonde estava Ele quando eu mais precisava?"...
Deus disse que estava no mesmo sítio, tal e qual, quando o filho dele,
Jesus, foi crucificado. Ele estava presente, tal e qual como está com todos os filhos dele.
Mãe, só tu é que consegues ver o que eu escrevi, mais ninguém.
As outras pessoas vêem este papel em branco.
É mesmo maravilhoso não é!?...
Eu tenho que dar a caneta de volta a Deus para ele poder continuar a escrever no seu Livro da Vida.
Esta noite vou jantar na mesma mesa com Jesus.
Tenho a certeza que a comida vai ser boa.
Estava quase a esquecer-me: já não tenho dores, o câncer já se foi embora.
Ainda bem, porque já não podia mais e Deus também não podia ver-me assim.
Foi quando ele enviou o Anjo da Misericórdia para me vir buscar.
O anjo disse que eu era uma encomenda especial! O que dizes a isto?...
Assinado com Amor de Deus, Jesus e de Mim.
(vamos ver se Satanás consegue parar esta carta.)

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Kibala é um município da provincia do Kwanza-Sul








Quibala ou Kibala é uma vila e município de Angola, na província de Cuanza Sul.
Tem 10 253 km² e cerca de 168 mil habitantes. É limitado a Norte pelo município de Libolo, a Este pelos municípios de Mussende e Andulo, a Sul pelos municípios da Cela e Ebo, e a Oeste pelos municípios de Quilenda e Quiçama. É constituído pelas comunas de Quibala, Cariango, Dala Cachibo e Lonhe.
O concelho foi criado em 1944.
Actualmente a Quibala produz mandioca, cana de açúcar, milho, ginguba, banana, batata doce, repolho, alho cebola, abacate, abacaxi, feijão e sisal.
Novos Tempos Chegam a Quibala

Quibala, que foi elevada à categoria de vila ainda no tempo colonial, em 15 de Janeiro de 1974, é uma das localidades do Kwanza-Sul que mais sofreu durante o conflito armado, mas hoje, com a paz e estabilidade, começa a ganhar um novo cenário.

As acções, no âmbito da reconstrução nacional, são visíveis, segundo informação pelo Jornal de Angola, e constam da lista de prioridades definidas pelo governo da província, razão pela qual a sede do município já conta com novas infra-estruturas sociais, ligadas aos sectores da educação e saúde.
No sector da saúde, as autoridades sanitárias salientam o abastecimento de medicamentos essenciais que, garantem, melhorou significativamente, o que proporciona maior cobertura na assistência às populações.
Outro motivo de orgulho para os munícipes da Quibala é o número razoável do corpo clínico.
O chefe de secção de saúde em exercício afirmou, ao Jornal de Angola, que trabalham no município quatro médicos, um técnico médio e 130 técnicos básicos.
A Quibala tem um hospital municipal e oito postos médicos.
O sector da Educação também está em crescimento, dispondo de 68 salas de aulas em funcionamento na sede, na periferia e nas comunas, para atender os vários subsistemas de ensino no município.
O sistema de iluminação pública é assegurado por um gerador de 306 Kva. Para um abastecimento normal decorre o processo de renovação da rede eléctrica nas zonas urbanas e peri-urbanas.
A reabilitação das vias rodoviárias decorre a bom ritmo, estando em curso obras de reparação nos troços entre a sede municipal e as comunas do Cariango, Lonhe e Ndala Kachibo.
A sede do município da Quibala beneficiou, em 2009, de obras de alcatroamento das principais ruas, reabilitação do sistema de captação, tratamento e distribuição de água potável.
As operações bancárias no município da Quibala num passado recente quase que eram impraticáveis, devido a inexistência de agências. Hoje, há duas, uma das quais construída de raiz. O sector do comércio ainda está aquém das expectativas das populações, tendo em conta a pouca agressividade dos comerciantes.
Muitos investimentos do sector privado, o que pode aumentar o volume de negócios.
O município da Quibala é privilegiado, por ser o elo de ligação entre Luanda e o Planalto Central.
A Quibala tem muito a oferecer aos transeuntes, logo que sejam explorados os locais de interesse paisagístico e turístico.
Para o presente ano e no quadro do programa do fundo à gestão municipal, a administração da Quibala vai implementar vários projectos sociais, com acções viradas para a aquisição de equipamentos para suportar o saneamento básico, construção da residência do administrador comunal de Cariango, primeira fase da reparação de passeios e lancis e manutenção da rede de distribuição de energia eléctrica. Para suportar os encargos, em Dezembro de 2009, recebeu quase 86 milhões de Kwanzas
O executivo de Fernanda Cabral pensa acelerar o desenvolvimento do município, com a colaboração do sector empresarial privado e das populações.
Segundo Fernando Cabral, vai levar a vila da Quibala à dimensão que merece. “Em todos os domínios, com destaque para a dinamização do ramo do turismo, construção de infra-estruturas sociais e industriais, habitação e outras que vão conferir dignidade aos munícipes”. Fernanda Cabral mostrou-se optimista quanto à resolução dos problemas sociais que afligem as populações, tendo em conta as várias acções do sector privado, que estão a ser desenvolvidas no município, com destaque para os projectos “Procana”, “Aldeia Nova” e “Terra do Futuro”. A fome e o desemprego, sublinhou, têm os dias contados.
A administradora pediu aos empresários que se empenhem, cada vez mais, na oferta de bens e serviços às populações da região.
Administrativamente, o município está dividido em quatro comunas: sede, Cariango, Lonhe e Ndala Kachibo e um sector administrativo de Katofe.
A Quibala tem 10.800 quilómetros quadrados e 142.248 habitantes.
A região, potencialmente agrícola, é considerada um dos celeiros da província, potenciando os mercados do Amboim (Gabela) e de Luanda, com produtos localmente cultivados, como milho, feijão, batata rena e doce, jinguba e abacaxi.
A administradora municipal da Quibala, satisfeita com as obras que vão dar um novo visual à vila, agradeceu os esforços do Governo que “tem realizado importantes acções para satisfazer as inúmeras necessidades das populações” e retirar a circunscrição dos escombros resultantes do conflito armado.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Porto Amboim - Kwanza Sul


Porto Amboim é uma cidade e município da província do Cuanza Sul, em Angola.
Tem cerca de 137 mil habitantes e 3 646 km². É limitado a Norte pelo município da Quiçama, a Este pelos municípios de Quilenda e Amboim, a Sul pelo município do Sumbe, e a Oeste pelo Oceano Atlântico. É constituído pelas comunas de Porto Amboim e Capolo.
No local da actual cidade existia uma aldeia chamada Kissonde. Os portugueses tentaram colonizar a região em 1587, fundando uma povoação com o nome de Benguela. O povoado foi abandonado pouco depois e reconstruído no local onde hoje se situa a cidade de Benguela. Em 1771 os portugueses voltaram ao local original e ergueram a povoação de Benguela Velha, actual Porto Amboim. Em 1870 surge a primeira freguesia civil e em 1912 é instalado o município. Em 10 de Setembro de 1923 Benguela Velha é elevada à categoria de vila com o nome de Porto Amboim. Em 15 de Janeiro de 1974 passou a cidade.
Porto Amboim era o Porto e Estaleiro naval do Amboim. Era o local de escoamento do Café produzido nas serras do Amboim. Era ligado á cidade da Gabela por uma linha férrea e que passava entre a selva que cobria os cafeeiros no local do Congulo com paragem no Chindinde e que eu via passar todos os dias. Com o seu «pouca-terra muita-terra, pouca-terra muita-terra» e apitando fazia com que os garotos e crescidos se juntassem para o ver parar ao chegar, ao Chindinde, para descarregar e carregar passageiros. A sua máquina era a vapor produzido por lenha colocada na fornalha, e os vagões construídos de madeira com cobertura de chapas de zinco.
Ai que saudades eu tenho da minha adolescência!

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Kissonde

A formiga kissonde é avermelhada e carnívora. Na savana ou na selva caminhavam todas juntas formando um comboio com cerca de cinquenta metros de comprimento e quinze centímetros de largura e era formado por milhões de indivíduos. Se entrassem numa capoeira matavam e devoravam todas as galinhas ou coelhos que lá houvesse.
Se alguém tivesse o azar de adormecer na floresta ou savana, e por vezes acontecia por terem bebido uma bebida chamada “Morufo”, bastante alcoólica, que era seringada da Palmeira, e se fosse atacado por essas formigas, só lhes restariam os ossos. Um dia os meus amigos fizeram uma peripécia a um trabalhador da EIP (Electricidade Industrial Portuguesa), que havia chegado á pouco de Portugal. Ele desejaria muito ver um veado, um animal da família das Impalas, e então eles levaram-no á savana. Foram-no encaminhando até chegarem ao pé de um carreiro dessas formigas. Quando lá chegaram o homem foi conduzido até ao lugar onde passavam. Após pisar no carreiro, das malditas formigas, elas subiram-lhes pelas pernas a cima começando a morder-lhes de tal forma que ele gritava e teve de se atirar ao rio que ali passava porque só assim é que se livrava delas.

domingo, 18 de abril de 2010

MINHA QUERIDA MÃE


A consoada da noite de Natal tem o propósito de unir os laços familiares. Serve para uni-los em paz e amor.
Como você, minha querida mãe sabe, eu nunca pactuei com o facto, de nessa noite, haver troca de presentes. E muito menos quando os mesmos vêm de mãos de gente hipócrita. Para mim, os presentes não tem qualquer valor, mas a cinceridade, o relacionamento que tudo poderemos fazer para nos levar á fidelidade sim.
A palavra “AMOR” é pequena mas representa tudo o que é preciso, não só na noite de Natal, mas em todos os dias da nossa vida. Ninguém pode, ou deve pensar que, só porque nos pode ser prestável com bens materiais, já pode transpor essa palavra “AMOR”.
AMOR é aceitar que os outros vivam a vida da forma como mais desejarem, e aceitarem os outros para que eles nos aceitem a nós.
Só “Deus” sabe se voltarei a passar a Noite de Natal junto de si minha querida mãe, mas, seja como for, perto ou afastado, estará sempre presente no meu coração.
O filme da minha vida sempre teve e terá, a minha mãe, como Rainha das Mulheres.
Se pudesse pedir e receber um presente do Pai Natal, pedir-lhe-ia uma máquina que possibilitasse manter a amizade, a saúde e a felicidade de todos os que amamos.
Um grande beijo, um santo Natal e que Deus a ilumine.

Há uma rosa que amo
E nunca queria perder,
É a minha querida mãe
Que um dia me fez nascer.

Ao teu lado minha mãe
Sinto-me um homem feliz,
Se alguma vez a ofendi
Foi porque não soube o que fiz.

Do seu filho: Zé Sousa
24/12/2008

quinta-feira, 15 de abril de 2010

VIAJANTE PERDIDO


Sou um viajante
Que caminha por uma estrada
Com muitos espinhos e escassas rosas
Mas as poucas que encontro são Formosas,
Perfumadas e carinhosas.
Já cansado de lágrimas verter
Nas encruzilhadas do meu caminho,
A uma rosa eu peço, que me ensine
O caminho que procuro e não encontro.
O caminho que me leva ao jardim da felicidade
Jardim este perfumado, exótico e sem espinhos
Onde existe uma flor
Que me dê, muito e muito amor.
Talvez tu, ó mar..! que não deixas de rolar
Tu que és o maior dos continentes,
Que já conheceste todos os sítios da terra…!
Diz-me, diz-me por favor…
Onde encontrar esse amor!

O JACARÉ E O LAGARTIXA


Dois homens tão badalados nas sociedades de todo o mundo. George W. Bush, um homem que governou o estado mais pró-capitalismo do mundo, os Estados Unidos da América. Como funciona o Capitalismo? É um regime económico fundado na iniciativa individual, na competitividade entre empresas e na apropriação privada dos meios de produção. Tão condenável é o Capitalismo Liberal que desrespeita o bem comum e a dignidade da pessoa humana como o capitalismo de Estado que vigora nos regimes de estatismo férreo e de Socialismo totalitário.
Fidel de Castro, é o homem que em 1953, ano em que eu nasci, combateu com violência o regime de Fulgêncio Batista, em Cuba, e conquista o poder pela força em 1.1.1959, instaurou em cuba a ditadura comunista pró-soviética. O seu alinhamento com os interesses da URSS levou-o a apoiar militarmente por exemplo, processos de conquista ou defesa de poder em países como a Nicarágua, Moçambique, Etiópia e Angola, entre outros. A ditadura é o tipo de governo em que o poder está concentrado nas mãos de uma pessoa única ou de um grupo social. O poder é, assim, exercido de forma absoluta e é assim que os governos comunistas funcionam.
Ambas as formas de governação de um povo não são benéficas e são muito discriminatórias. No que concerne ao ordenado destes dois, existe um desfasamento brutal. George W. Bush, ex-presidente dos Estados Unidos, recebia de ordenado mensal 30 mil dólares, enquanto que, o seu rival Fidel de Castro recebia, apenas, 30 dólares mensais.
Mesmo que não os conhecesse-mos, pelos canais de Televisão, logo por estas fotos descobriríamos, qual o rico e qual o pobre. O pobre, ajudou povos a libertarem-se do jugo dos que lhes invadem a terra com a finalidade de lhes chupar o que a terra contem. O rico, não olha a meios, matando e escorraçando com os habitantes e donos das suas propriedades para poder enriquecer á força e rir-se do pobre.

AO TEU LADO, NAS ALEGRIAS E NAS TRISTÊZAS


Um dia, em que caminhava, descalço, pela a areia da praia, senti-me em duas situações que me deixaram equivocado. Em certa altura, em que pensava nas coisas boas que me sucederam na vida, desatei a cantar e a saltar, caminhando feliz. Mas, momentos depois, o meu cérebro mudou, e passei a recordar as coisas más, que também, me aconteceram ao longo da vida! Senti-me triste e desatei a chorar. Nesses dois momentos, reparei que, quando me senti feliz, ficavam marcados na areia, da praia, para alem dos meus pés, outros dois pés. Mas que, no momento em que me senti triste, só os meus dois pés ficavam marcados na areia. Parei, para reflectir sobre esta situação, mas logo ouvi uma voz, que vinha não sei de onde, e que me disse: - Não te assustes, sou Deus, estou sempre ao teu lado, e a prova disso são os sinais dos pés marcados na areia ao lado dos teus. Eu, perguntei-lhe: Se é verdade o que ouvi, porquê é que só estiveste comigo nos momentos em que me senti feliz? Pois só nesse momento é que vi ficarem marcados na areia, ao lado dos meus, outros pés!? E ele respondeu-me: - estás enganado, no momento em que estavas triste, os dois pés que ficaram marcados na areia eram os meus porque nesse momento agarrei em ti ao colo, por te ver a sofrer tanto, como vez, nunca te abandonarei.

Como podem ver, é baseado nesta história de amor, que apesar de eu ser como sabem, sempre soube enfrentar a vida, olhar para o presente e futuro, e, nunca para o passado.
Um dia, na terra, existiu um Homem, ao qual lhe chamaram de Jesus, ele tinha um coração de ouro, com muita bondade, mas mesmo assim sofreu muito, e a sua mãe presenciou os carrascos que o crucificaram, e muito sofreu ela. Também ainda hoje em dia, por vários pontos da terra, crianças sofrem, uns por não terem o que comer, outros porque lhes matam os pais e ainda outros que enfrentam doenças incuráveis. São milhões, mas destes males que falei Deus ainda me livrou. Por isso penso positivo, não desanimo. Acredito em Deus e tento fazer como ele ensinou, “Põe as tuas mãos, que eu te ajudarei”.

Dedico a Benguela




Sentei-me à beira de rio Catumbela
Por perto estava um cubata,
Dentro dela um casal
Armara uma grande zaragata.

Gritei e perguntei
O que se passava ali afinal,
Diz-me o homem muito bravo
Que a mulher lhe matara o melhor animal.

A mulher vira-se para mim
E responde com clareza,
Se o não matasse o que deitaria
Na refeição na nossa mesa.

Era um galo afinal
E o único da capoeira,
Convidaram-me para a refeição
Apanhei uma bebedeira.

Foi comer até fartar
A moamba estava apetitosa,
Bebemos umas cucas
As crianças beberam gasosa.

Na sobremesa comeu-se manga
Da linda terra de Benguela,
São gostosas como as moças
Daquela terra tão bela.

Em Benguela eu fiquei
Dias da minha mocidade,
E vi que as mulheres mais lindas
Eram as daquela cidade.

São belas por natureza
Com um sorriso especial,
No seu coração tem nobreza
Nunca vi mulher igual.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Cubata


Cubata...
Vermelha...
De adobos...
Coberta de capim...
Capim seco...

Cubata...
Uma, duas...
E mil...
E aí...
A sanzala...

Sanzala...
Cheia de cubatas...
Com gente...
Com gemidos...
Com muitos ais...

E com muitas crianças...
Descalças e sujas...
Mas com olhos...
Grandes e doces...

Olhar sem maldade...
Olhar com esperança...
Esperança no novo dia...


E ao som do batuque...
Com a mandioca...
A fuba e o pirão...
A criança foi crescendo...

E hoje é homem...
E olha para trás...
E sente e sabe...
Que foi bom...
Ter tido...esperança!...


Lili Laranjo

Uma predadora de cabritos


Certo dia, em que o meu pai se tinha deslocado à capital (Luanda) para tentar encontrar um armazém que lhe pagasse melhor a produção de café, eu dirigi-me para junto de um tanque, que tinhamos em frente da casa com água potável que servia para todos, com intenção de aparar aquela água fresquinha com a mão e bebê-la. Qual não foi o meu espanto ao ver que juntamente com a água que caía na minha mão excremento de cabra. Como era totalmente impossível, deslocarem-se cabras para aquelas altitudes rochosas, pedi a um rapaz, chamado Januário, que não trabalhava e que pertencia ao tal grupo que eu ensinara a escrever e que andava sempre na minha companhia, para ir ao local do nascente e ver o que se passava.
Passados uns momentos vejo-o a correr por ali abaixo, saltando pedra por pedra, para me dizer que a causa daquele estranho acontecimento era uma cobra que estava enrolada na água e tinha na boca um cabrito.
Quando ás cinco horas os cinquenta trabalhadores que trabalhavam na nossa fazenda de café, terminaram o trabalho, pedimos-lhes para lá irem matar a cobra mas todos recearam e ninguém queria ir. Surgiu então um homem, que pelos vistos era um destemido e era o chefe nas caçadas, que se resolveu a ir lá, e claro que todos o acompanharam. O ancião mexeu na cobra com um pau, e quando ela levantou a cabeça passou-lhe, a bem afiada catana, fazendo-a saltar logo para o chão, trespassada pela lâmina. Trouxeram-na aos ombros, atada a um tronco. Tinha seis metros de comprimento e uns noventa centímetros de envergadura. Era uma “jibóia”.
Pousaram-na no chão e esteve ali a saltar cerca de meia hora.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Numa noite de caça


Quando tinha 19 anos, fui passar uns dias a casa dos sogros da minha irmã Otília, que ficava a dez quilómetros de distância.
Um dos filhos, o Toninho, era mais novo que eu, tinha apenas 17 anos.
Um dia, por volta das 22 horas, pegou no Jeep Land Rover, colocou-me na cabine. Na carroçaria, de pé, seguiram dois homens de raça negra. Cada um deles levava um farolim na testa. Farolim esse, ligado a uma bateria pendurada na cinta e uma arma na mão.
O Toninho conduzia o Jeep, também com uma arma ao nosso lado. As armas eram caçadeiras e a 22 longos (22 longos era uma arma de caça parecida com a G3 arma do exército) utilizava uma bala, certeira a uma distância de cento e cinquenta metros.
Lá seguimos até a “Anhara” Savana de N’dala Caxibo.
Depois de termos percorrido uns vinte quilómetros começaram a ver-se, naquele deserto escuro, centenas, ou milhares, de olhos a brilharem.
Eram Palancas, Gnus, Nuches, Veados, Impalas, Pacaças, Seixas e Javalis.
Junto destes havia clãs de animais carnívoros: leões, hienas e onças (estes últimos são semelhantes a um leopardo mas um pouco mais pequenos e só eram brancos com pintas pretas).
Leões, os Reis da nossa savana de Angola
Parámos, ali perto dos quadrúpedes. O Toninho saltou para cima do veículo e tanto ele como os outros, de arma em punho atiravam contra aqueles olhos brilhantes. Como nos encontrávamos num deserto e em risco, devido aos Leões e Hienas, ninguém saiu do Jeep, nem mesmo para recolher a caça.
Regressámos a casa e no dia seguinte, bem cedo voltámos lá e trouxemos três peças de grande porte. Ficámos com alguns nacos mas 88% da caçada foi entregue ao povo da Sanzala.
Era assim em “África Minha”.

Caíram dentro das redes esforçados pelos canhões.


Imprensa jornalística e criadores de blog’s, em Angola, têm falta de liberdade para falarem da realidade no país e que conhecem melhor que eu. Noto, em certos blog’s, como por exemplo no “Informar Angola” que estão acanhados. Escrevem algumas coisas banais, há falta do realismo, a falta de poderem opinar como o faço em meus blog’s, como faço falando da verdade que acontece em Portugal. Nota-se, sem dúvida, a falta de liberdade de expressão, tal como acontecia em Portugal há 40, no governo Salazarista, onde foi criado uma polícia para prenderem e torturar quem falasse contra o Estado. Criou a censura, nas escolas era obrigatório haver, pendurado nas paredes, molduras contendo as fotos do ditador. Somente dava apoio á religião católica para que a mesma levassem o povo a aceitar aquele governo e até, os padres que bem conheciam os aldeões, serviam de informadores da PIDE (Policia de Informação e Defesa de Estado). Também, pelo que me apercebo, o mesmo está acontecer em Angola. Pelo que leio, o povo em Angola não é livre.
MPLA (Muita Pressão de Luanda aos Angolanos)

Notem bem no que vão ler: Angola 27 de Maio de 1977


Em 27 de Maio de 1977 uma facção pro-soviética do MPLA intentou tomar o poder por meio de um golpe de estado. À cabeça desta conspiração estava o velho líder do MPLA Nito Alves, considerado por muitos como uma das mais influentes figuras dentro do governo. Uma grande parte dos principais chefes das forças armadas estava convicta que Nito Alves possuía as melhores condições políticas para dirigir o país, mas por ter sido o principal condutor da guerra de guerrilhas nas selvas. Alem disso, Nito Alves tinha sido um homem que conseguiu derrotar e expulsar de Luanda a FNLA meses antes da proclamação da independência. Foi o ideólogo nas organizações dos Comités do Poder Popular nos musseques de Luanda que ajudaram a consolidar o MPLA. Moscovo considerava que Neto não era um homem de confiança e que uma vez consolidado o seu governo podia ocupar uma posição de aproximação ao Ocidente e mais tarde pactuar com o próprio Savimbi. Os verdadeiros propósitos do golpe ficaram encobertos com o fingido descontentamento desta facção pela influência no governo dos intelectuais mestiços como Paulo Jorge, Lúcio Lara, Iko Carreira e Outros. No dia 27 de Maio de 1977 as tropas golpistas tomaram as principais unidades militares das FAPLA e as instalações de rádio da capital. Quase tinham conseguido os seus propósitos quando se deu um descalabro ao intervirem as tropas cubanas. Os conspiradores pensaram que os cubanos permaneceriam neutros no conflito. Para eles, era lógico de supor que Moscovo tinha coordenado previamente com Habana o desenvolver dos acontecimentos. No entanto deram-se ordens imediatas para sufocar a revolta. As tropas sublevadas não podiam suspeitar que os tanques e veículos blindados que irrompiam na capital iam desarmados e já para o entardecer do dia 27 as diferentes guarnições em poder dos rebeldes depunham as armas sem oferecer resistência. Outros imprtantes líderes do MPLA e chefes militares das FAPLA estavam implicados na intentona golpista. José Van Dunem comissário político das Forças Armadas; o comandante Jacob das FAPLA, David Aires Machado e outros. Nito Alves refugiou-se na Missão Militar Soviética e permaneceu escondido nela até ao mês de Julho em que foi detectado pela Inteligência Cubana. As conversações posteriores entre Habana e Moscovo conduziram à entrega do líder rebelde às tropas cubanas. Fidel de Castro ganhava mais uma vez a gratidão do presidente angolano oferecendo-lhe em bandeja de prata o seu principal inimigo. Mais tarde deixava de existir diante do pelotão do general cubano Del Pino “Proa a La Liberdad”). O oficioso Jornal de Angola, a rádio e a televisão instalam o ódio e o revanchismo. O Jornal de Angola publica editoriais intitulados: Não pode haver tolerância com os francionistas, Encontrá-los e prendê-los, Vingar os heróis, Fuzilar os francionistas. Depois coloca as fotos e os nomes (Nito Alves, José Van Dúnem, Bakalof, Pedro Fortunato, Betinho) e, em letras gordas no cabeçalho, (Amarrem-nos onde forem encontrados). No dia 28 de Maio na Rádio Nacional Agostinho Neto diz: “Não haverá perdão, nem tolerância contra todos aqueles que quiserem destruir o MPLA” e mais: “Não vamos perder tempo com julgamentos”. Bem… a mim não me admira isto, «liberdade com o MPLA nunca, é melhor matar quem a quiser». Continuando: Fica ainda por se saber o que o Presidente Neto quis dizer com a frase: “…E com isso não me venham dizer que estou a defender uma direita. Porque não há direita que resiste a uma esquerda unida, mas a direita avançada quando a esquerda está dividida”. Sita Valles, que se celebrizara no movimento estudantil em Portugal, e aprendera as primeiras lições de marxismo-Leninismo nas fileiras do Partido Comunista Português, tem a cabeça a prémio. É uma das cabecilhas do «golpe de estado». A 8 de Fevereiro de 1977, nasce Ernesto, o primeiro filho de Sita e de Van Dunem. «Demos-lhe o nome de ‘Ché’ em homenagem a Guevara», escreve aos pais. Continua defensora da causa do proletariado. Para Sita, que se encontra num Comando de Operações, a notícia do esmagamento da revolução chega como um dobre de finados. E prepara a fuga. Carlos Jorge e Nelson Pinheiro (Pitoco), elementos da DISA, chefiam a expedição, que estaciona junto a uma vala comum de 200 metros. Mal os prisioneiros se apeiam, soam as rajadas das «kalachnikov». Alguns ainda têm tempo de gritar: Salvem-me não fiz nada. A norte de Angola, na aldeia Kaleba, Francisco Karicukila esconde Sita Valles. Não se lembra do ano em que nasceu, mas sabe que em 1966 já lutava pela libertação de Angola. Em Junho, Sita Valles assina a sua sentença. De Kaleba, envia, através de um filho de Karicukila, uma mensagem para a família Van Dunem, «Na carta, ela dizia à secretária de Agostinho Neto para pedir aos soviéticos que lhe preparassem a fuga». Dias antes, às cinco da manhã de 1 de Agosto, sem julgamento, depois de ter sido torturada e violada por vários homens da DISA, Sita Valles, aos 26 anos, morria. Recusa a venda e olha o pletão de frente: «A cabra parecia que não queria morrer». Durante esse ano, jovens e velhos militantes do MPLA, ministros e chefes militares, desaparecem. Um tribunal militar, chefiado pelo coronel João Neto (Xieto), chefe de Estado-Maior Geral, decide quem deve ou não sobreviver. Nos cadernos não constam acusações, só o nome próprio e, ao lado, o nome de guerra das vítimas. Eram assinadas pelos dois chefes da DISA (Ludy) e Onambwe, e pelo Presidente da República. Os objectivos de tortura são um chicote e um espigão de ferro, aos quais chamavam Marx e Lenine. O capitão de Abril ainda guarda no corpo as cicatrizes, e não percebe como sobreviveu. Centenas de homens tinham morrido na mira da espingarda de Maninga, o chefe do centro. E os que escaparam, lutavam como podiam pela sobrevivência. Por uma mandioca qualquer preso se oferecia para coveiro. Desenterravam os cadáveres para os comer: era a única forma possível de pôr cobro à fome. «Foi um verdadeiro genocídio», afirma José Nunes. «Em Angola devem ter morrido umas 30 mil pessoas».
Nota: Estes foram trechos retirados de vários livros que falam destas atrocidades cometidas pelo MPLA para poder evitar que o povo de Angola seja livre.




segunda-feira, 12 de abril de 2010

Quando Angola era uma província portuguesa.

De Novo Redondo (Sumbe) a Benguela

Angola, que eu conheci desde o inicio dos anos sessenta, em varadas dimensões da sua grandeza física e riqueza humana, revelava já a virtude de se converter, num futuro próximo, numa relevante sede de e de influência em toda a África Austral.
O impulso dado à sua economia e ao seu desenvolvimento nessa década, que se traduziu em taxas de crescimento do produto interno bruto verdadeiramente fantásticos e na implementação de múltiplas infra-estruturas que ainda hoje subsistem ou se encontram em reabilitação (nomeadamente a expansão urbanística, a rede de estradas asfaltadas e de aeroportos e aeródromos, os aproveitamentos hidroeléctricos e os edifícios escolares, hospitais e sanitários), ainda hoje causa um sentimento de legitimo orgulho em todos quantos o protagonizaram ou simplesmente nele participaram, e que estão convictos que os activos deixados superam largamente os passivos que não deveriam ser ignorados ou camuflados.
Aqui, vou dedicar mais a minha escrita sobre Novo Redondo (Sumbe) a Benguela.
A evolução de cidade seiscentistas como Benguela, fundada em 1617 pelo governador Manuel Cerveira Pereira, ou derivados de um antigo presídio setecentista como Novo Redondo (actualmente designado por Sumbe e capital da província angolana do mesmo nome), adquirem particular destaque neste capítulo do meu Blog, em especial esta ultima por ser a província onde cresci e me vai na alma.
A norte de Novo Redondo desenvolveu-se a vila portuária de Porto Amboim, ponto terminal do caminho-de-ferro que possibilitava o escoamento da produção de café da rica região da Gabela. Mais a sul e a cerca de trinta quilómetros a norte da centenária Benguela, cidade crioula das acácias vermelhas, surgiu nos inícios do século XX uma das maiores cidades porto do Atlântico Sul, o Lobito, prevalecendo-se das invulgares condições naturais da sua baía.
O Lobito constituía a estação de partida do caminho de ferro de Benguela que, cruzando as férteis regiões planálticas do centro de Angola e as savanas do Moxico, alcançava a fronteira em Vila Teixeira de Sousa (actualmente denominada Luau) e permitia a saída das riquezas mineiras do Congo. Entre o Lobito e Benguela, a histórica vila da Catumbela, nas margens do rio do mesmo nome, ostentando ainda a sua antiga fortaleza ou reduto, é sobretudo conhecida pela presença da importante fábrica de açúcar da Sociedade Agrícola do Cassequel no Dombe Grande.
Todos estes inúmeros territórios ao sul do rio Cuanza foram objecto de ocupação durante o domínio filipino de Portugal, concretizado com a função da povoação de Benguela que conferiu a Manuel Cerveira Pereira o título de Governador do Reino de Benguela.
Homenageando o Rei, o fundador designou-a por S. Filipe, que de imediato se converteu num pólo de penetração comercial para o interior.
Contudo, só no século XVIII surgem as primeiras construções em alvenaria, salientando-se a igreja barroca de Nossa Senhora do Pópulo, e o antigo palácio do governo e a alfândega.
O comércio com os sertões que prevaleceu nos primórdios da presença europeia, baseado no tráfico de escravos e nas caravanas do marfim e da borracha, acabou por dar lugar, após a construção do caminho-de-ferro de Benguela, à economia fundada na exploração das riquezas agrícolas – açúcar, tabaco, sisal, batata, arroz, frutos – e piscatórias.
Tendo começado como uma pequena aglomeração de “quintais” e “quintalões”, Benguela tornou-se uma cidade-parque atraente completada pelo fascínio da sua praia morena e da sua baía azul.
Por seu lado, o Lobito, que nasceu como minúscula povoação em 1843 em resultado da mudança de população de Benguela para um local mais salubre, sendo conhecido pela “Catumbela das ostras”, só no início de novecentos arrancou com o seu processo de urbanização em paralelo com os avanços da linha férrea.
A sua restinga permaneceu sempre como factor de identidade própria e sua sala de visitas, mas os bairros residenciais depressa se entenderam para o Compão e para a Caponte vencendo antigas areias e mangais.
A velha vila de Catumbela, dinamizada em tempos recentes pelo empreendimento agro-industrial da Sociedade Agrícola do Cassequel – fabrico de açúcar – ostentava ainda vestígios materiais do seu esplendor comercial no passado, nomeadamente antigas residências dos primeiros colonos e o Reduto de S. Pedro, fortaleza construída em 1846 pelo bisavó do antigo Presidente da República Marechal Carveiro Lopes.
No distrito de Benguela surgiram outros progressivos centros urbanos do interior, como destaque para as cidades da Ganda (Vila Mariano Machado) e Cubal, para as vilas do Bocoio (V. Sousa Lara) e do Balombo (Vila Norton de Matos), e para a importante povoação piscatória da Baía Farta. As missões católicas tiveram uma acção preponderante que não se limitou à evangelização, antes representou um papel pioneiro e anterior às responsabilidades do Estado no que se refere à instrução e à formação profissional, que exemplificamos uma delas a Missão da Ganda.
Nas décadas de cinquenta e principalmente, que me lembra, sessenta, o eixo económico Lobito - Benguela registou um considerável desenvolvimento de unidades fabris, designadamente nos cimentos, pasta de papel, construção naval, metalomecânica e indústrias alimentares.

domingo, 11 de abril de 2010

Direito a tudo e direito a nada


Como é do conhecimento geral, Angola foi colonizada pelos portugueses cerca de 500 anos. Colonizar, Racismo, Tribalismo e escravatura, são coisas que já deveriam terem sido abolidas á muito tempo, ou melhor… nunca deveriam terem existido.
Neste momento, o que mais me entristece, é saber que em Angola, país que amo, tanta gente morreu para acabarem com o colonialismo. Quando os portugueses foram obrigados a sair, acabou-se com a colonização mas os partidos entram em confrontos a fim de ver quem é que ficaria com o poder, sem que o povo tivesse direito ao voto. Durante os 30 anos que se seguiram, entre uma carnificina infernal de irmão com irmãos, numa guerra “tribal”, o MPLA consegue á força o poder com a ajuda de cuba através de material bélico e homens.
Os verdadeiros patriotas estão condenados a terem que viver com o braço de ferro do Zé Du. Os filhos de Angola, os verdadeiros patriotas, vão ter que gramar com a nova colonização feita por empresas estrangeiras com maior destaque para a China. Estes novos colonizadores são muito perigosos! Pouco a pouco vão-se apoderando de tudo, com o apoio do Zé Du, que recebe cerca de 30% e o povo que se lixe! O povo, o verdadeiro Angolano, esse nunca vai usufruir das riquezas do seu país. Por enquanto, só alguns capangas de Zé Du, terão também oportunidade de extorquirem riquezas da nação.
Tal como acontece actualmente, e no futuro será muito mais, os novos colonizadores extorquirão riquezas de Angola deixando, assim, o povo na miséria. Aquela gente não merecia! Depois de terem perdido a família em lutas armadas, e ficarem tantos mutilados de guerra, vem o capitalismo internacional a sulcar-lhes o petróleo, os diamantes, a produzirem géneros agrícolas e a construírem obras, com mão-de-obra vinda da China e até de Portugal.
Se os antigos colonizadores retiravam para fora de Angola riqueza, isso não representava 5% do que é hoje retirado. Desta forma, pelo que me apercebo, não leva mais que uma década, os Angolanos vão serem governados e oprimidos, pelo capitalismo estrangeiro. As superpotências económicas internacionais, vão amarfanhar Angola e os Angolanos como um Leão amarfanha um coelho.
Isto entristece a minha alma…

Ás crianças de todo o mundo


Criança é Liberdade
Criança é amor,
Criança dá-me felicidade
Quando me sinto com dor.

Quando olho para ti criança
E te vejo a correr,
Ai quanto, quanto eu queria
Como tu poder ser.

Eu tambem já fui criança
Aos nove meses comecei andar,
Aos vinte e dois paralisei
E dependo de alguém para me ajudar.

Uns brincavam atrás de umarco
Outros com o pião a jogar,
Eu sentado ali tão perto
Com a tristeza no meu olhar.

Tu saltas, corres e brincas
E pontapeias a tua bola,
Eu nunca pude fazer isso
Nem antes e nem agora.

Uma cadeira de rodas
Transporta este vosso amigo,
Onde quer que tu me vejas
Não deixes de vir ter comigo.

Agora que sou adulto
Estou completamente desiludido,
Queria continuar a ser criança
Para me parecer contigo.

Para terminar este poema
Aos adultos eu pediria,
Acabem com tantas guerras
Ás crianças dêem alegria.
....................................................


Felicidades para todas as crianças, e que os adultos se lembrem delas, não só no dia 1 de Junho mas, em todos os dias do ano.

sábado, 10 de abril de 2010

No Norte de Angola encontrava-se em Guerra



Angola adoptou-me como filho e, mesmo longe, o meu coração continua lá. É um lindo Continente e de boa gente.
Tal como já frisei, o Norte de Angola encontrava-se em Guerra. Os negros daquela zona revoltaram-se contra o sistema governativo e as práticas exercidas por parte dos patrões, donos dessas fazendas, para com os operários. Só passados seis anos, e depois de me sentir integrado na comunidade negra, tinha eu 15 anos, é que comecei a perceber, que eles tinham razão, e os porquês daquela revolta.
Eu sou branco, mas revoltava-me com as práticas feitas pelos brancos, donos de fazendas, para com os seus trabalhadores. Todos os fazendeiros se estabeleciam, sempre perto de uma aldeia de indígenas. Agregada à fazenda abriam uma loja onde havia todo o género de alimentos, bebidas alcoólicas, roupas e sapatos. Através dessa loja, o proprietário fazia coisas que me faziam “revoltar os fígados”. Aos trabalhadores não pagavam em moeda, era-lhes antes atribuído um “vale” que lhes daria o direito a consumirem somente na loja do patrão.
Havia também casos em que os pais dos meus colegas, que tinham pequenas fazendas de café, quando o iam vender a esse branco, ali estabelecido, (porque a cidade ficava longe para o irem vender aos Grémios), o comprador pagava-lhes, também, com um vale.
Desta forma a pessoa não era livre de comprar os seus haveres onde bem entendesse, acabando mesmo por pagar tudo mais caro pelo facto de não terem dinheiro.
Por outro lado, havia a forma do engano, ou seja, o comerciante, ao vender vinho, ao copo, ao litro ou ao garrafão do total vendido, 30% era mistura com água. Muita da aguardente não era aguardente: era álcool, comprado em farmácias, ao qual misturavam água até descer para os 23 graus.
A escravatura tinha sido abolida há uns anos atrás, mas a maior parte dos fazendeiros ainda tratavam os trabalhadores como escravos. E quanto mais humilde fossem, mais escravizados eram. Neste sentido, os Bailundos foram os que mais sofreram. Eram eles os mais contratados, por angariadores, como o “Santos Correia” no Bailundo, para trabalharem nas ditas fazendas sob formas desumanas.
Se os meus amigos tinham algum sentimento de raiva, contra o homem branco, eu tinha muito mais porque sabia o que se passava “por trás da cortina”.
Mas, ainda, pior que isto, era ver o que a tropa portuguesa fazia com os familiares dos meus amigos negros.
Revoltava-me sempre que apareciam lá, na Sanzala! Só porque tinham uma farda, uma cinta cheia de balas e algumas granadas, e de G3 em punho, apanhavam-lhes cabritos, galinhas, cachos de bananas etc. Carregavam o Jeep e lá regressavam ao quartel. Era revoltante, porque em vez de tentarem repor a ordem, a ordem da igualdade e respeito pelos que se sentiam humilhados e defraudados, não. Eles é que praticavam aquilo que o branco civilizado nunca fazia: roubar.
Foram estas e outras coisas que me levaram a compreender a revolta dos negros no Norte e logo que me foi possível, filiei-me na UNITA para, também eu, mostrar o desejo de contribuir na independência e colocar fim ao sistema colonial.
Foi triste, desumana e aterrorizante a matança que ocorreu no Norte de Angola. E quando muitos dos meus amigos negros, e até, alguns conhecidos brancos que moravam na cidade e que eram da minha idade, foram cumprir tropa em 1972 e 1973 para o Norte onde tinha havido os tais massacres de 1961 em diante, alguns, desses amigos, até foram para Cabinda. (Cabinda éra uma província angolana que ficava a norte e separada de Angola pelo rio Zaire. Foi oferecido a Portugal pelo Reinado da nação Congolesa como gratidão por Portugal os ter ajudado na expulsão da invasão Belga). E como dizia, quando, alguns desses meus amigos, passado meio ano vinham à terra eu perguntava-lhes: -Então, tivera confrontos com os da FLEC em Cabinda, ou com os do UPA ou MPLA no Norte? A resposta era sempre a mesma. Diziam: Andamos por entre o mato e nas zonas dos conflitos e não vimos ninguém. A Guerra já acabou, eles desistiram

sexta-feira, 9 de abril de 2010

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Governo Angolano contra a liberdade dos meus cambas


MPLA manda ONG não se meter em assuntos internos de Angola

O secretário de Informação do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), Norberto dos Santos Kuata Kanauza, pediu à organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch (HRW) para “não interferir nos assuntos internos de Angola”.
Norberto dos Santos reagia a um relatório divulgado pela HRW nesta quarta-feira, que considera que “estão ameaçadas” as perspectivas de uma votação livre e justa nas eleições de 5 de Setembro em Angola. “O MPLA não corrobora com provocações do MPLA, partido actualmente no poder.
No documento, a HRW diz que, entre Março e Junho deste ano, realizou uma pesquisa em Luanda, capital do país, e nas províncias de Huambo, Bié, Cabinda e Benguela, onde concluiu que o governo angolano “não está a cumprir plenamente o seu dever de garantir o direito de eleições livres”.
“Menos de um mês antes das eleições está claro que os angolanos não podem fazer campanha eleitoral sem intimidações ou pressões. A não ser que esta situação mude agora, aos angolanos não serão capazes de exercer o seu voto de maneira livre”, afirma Geogette Gagnon, director para a África da “Human Rights Watch”.
A HRW salienta que documentou “numerosos incidentes de violência política envolvendo apoiantes do partido no poder”, apesar das declarações públicas do presidente angolano, José Eduardo dos Santos, de que as eleições ocorriam num clima livre de violência.
Sobre a imprensa angolana, a HRW afirma ter detectado “indícios claros de que o ambiente já restritivo para a média em Angola tem se deteriorado desde 2007”. A independência da Comissão Nacional Eleitoral também é contestada pela organização internacional, já que “a maioria dos membros é efectivamente nomeada pelo partido no poder”.
A HRW apela ainda para que os observadores eleitorais insistam com o governo de Angola para que seja garantida o acesso a todos os locais de votação e a todas as fases do processo eleitoral.
Fonte: Lusa Brasil
É triste, muito triste! não era isto que os meus irmãos esperavam. As ONG's nunca irão poder serem uma organização que luta pela liberdade do povo, não! Serão controlados pelo estado. E, até poderão virem servirem o Estado no ambito de incutir, no povo, o aceitamento da ditadura.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Guy Rodrigues & Mariane


Meus grandes amigos virtuais. São Benguelenses e por lá vivem. Vivem na terra que me vai na alma. Ambos cantam e encantam, com suas músicas, belas músicas. Transmitem a quem os ouve o sentimento que reside no coração. O Guy Rodrigues, é um camba que descobri e que me tem dado noticias de Angola, principalmente de Benguela, a terra das belas praias e cidade das acácias. Para eles eu desejo muita sorte e que Deus lhes dê o poder de transmitirem, ao povo Angolano, o amor que é a seiva da páz. Força... "Angola, sempre!!!".

Parque nacional no Moxico


Cameia National Park é um parque nacional no Moxico província de Angola, Localizada a cerca de 1100 m acima do nível do mar. Ele compartilha seu nome com o município vizinho de Cameia. O Cameia-Luacano estrada constitui o limite norte do parque com a Chifumage River que formam a parte sul da fronteira leste e Lumege e Luena rios da fronteira sudoeste. Grande parte do parque é constituído de planícies inundadas que fazem parte do Bacia do rio Zambeze, Com a metade norte do parque, que drenam para o rio Chifumage. Há também extensos bosques miombo, semelhantes às da bacia do Zambeze, do oeste Zâmbia. O parque é uma amostra da natureza não ocorrem em outras partes de Angola. Dois lagos, Lago Cameia e Lago Dilolo (O maior lago da Angola) estão fora dos limites do parque e ambos têm ampla reedbeds gramínea e pântanos que são ricas em aves aquáticas.
A área agora conhecida como Cameia National Park foi estabelecida como um reserva de caça em 1938 e como Parque Nacional em 1957. A fauna do parque foi quase totalmente exterminada após a guerra civil devastação do parque, incluindo descontrolada caça e a destruição de infra-estrutura. Existe uma grave falta de pessoal, recursos e apoio para o parque.

domingo, 4 de abril de 2010

O que é uma “ONG”?

ACTIVIASTAS EM BENGUELA

As Organizações não governamentais (ou também chamadas de organizações não governamentais sem fins lucrativos), também conhecidas pelo acrónimo ONG, são associações do terceiro sector, da sociedade civil, que se declaram com finalidades públicas e sem fins lucrativos, que desenvolvem acções em diferentes áreas e que, geralmente, mobilizam a opinião pública e o apoio da população para modificar determinados aspectos da sociedade.
Estas organizações podem ainda complementar o trabalho do Estado, realizando acções onde ele não consegue chegar, podendo receber financiamentos e doações do mesmo, e também de entidades privadas, para tal fim.
Actualmente estudiosos têm defendido o uso da terminologia organizações da sociedade civil para designar as mesmas instituições.
É importante ressaltar que ONG não tem valor jurídico. No Brasil, três figuras jurídicas correspondentes no novo Código Civil compõem o terceiro sector: associações, fundações e organizações religiosas (que foram recentemente consideradas como uma terceira categoria).
Estes espaços organizacionais do Terceiro Sector situados entre a esfera pública e a privada, identificados por alguns autores como públicos não estatais, cumprem papel relevante para a sociedade.
Na verdade, é preciso constatar que o surgimento dessas organizações, sem fins lucrativos, que têm como objectivo o desenvolvimento de actividades de interesse público, se deu pelo motivo da não eficiência, por parte do poder público, para o atender às necessidades da sociedade.
Há de se ressaltar que estes espaços organizacionais, denominados públicos não estatais, constituem importantes alternativas de maneira a sistematizar a sociedade como um todo, promovendo acções sociais, culturais, assistenciais etc. quando não se deixem influenciar pelo governo a fim de impor um regime à força sem direito de escolha por parte do cidadão.
Prof. Gilmar S. A.
Betinho definia as organizações não-governamentais da seguinte forma: “uma ONG se define por sua vocação política, por sua positividade política: uma entidade sem fins de lucro cujo objectivo fundamental é desenvolver uma sociedade democrática, isto é, uma sociedade fundada nos valores da democracia – liberdade, igualdade, diversidade, participação e solidariedade. (...) As ONG’s são comités da cidadania e surgiram para ajudar a construir a sociedade democrática com que todos sonham”.
Recentemente muitas fraudes envolvendo falsas licitações tem colocado diversas ONG’s dentro de escândalos de corrupção e desvio de verbas e até de colaborarem com governos onde não existe liberdade de expressão, para incutirem, nas mentes das pessoas, a politica de governos não democráticos.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Eu sou branco por fora mas sinto-me negro por dentro.





Com os meus amigos aprendi e acompanhei os seus rituais, a falar Humbundo e a comer à mão o Funge (pirão) com kuizaca da rama de mandioca, calúlú de rama de batata-doce, quiabos, gimboa, beringelas etc. etc.
Sentia-me um jovem feliz, como todos os outros, éramos livres… éramos a savana e a selva, e, a savana e a selva não tinham sentido sem nós.
De adolescente passei a homem, sempre deficiente, por isso era levado por eles pela savana ou selva junto ao rio.
Alimento não faltava, havia muita fruta tropical: banana, ananás, abacate, manga, goiabas, mamão, papaia e outros.
Caçavam Javali, Impalas, Pacaça, Palanca, Nuche, Veados e até Kuitas (género de um rato do tamanho de um coelho). Comia-se a carne fresca, mas a maior parte era colocada a secar. Cozinhava-se, essa carne, com óleo de palma misturada, umas vezes sim outras não, com rama de batata-doce ou da mandioca.
Plantavam batata-doce, mandioca e semeavam milho.
As mulheres, para fazerem farinha do milho, sentavam-se sobre uma grande laje ou num pilão, como já falei num outro artigo.
Ai que saudades eu sinto destes sabores! Dos sabores… do cheiro, do clima tropical, da chuva quente, de sentir a terra vermelha nas solas dos pés, do chilrear dos pássaros, dos gritos dos macacos, do roncar do javali e da onça (gato do tamanho de um cão grande parecido com um leopardo e muito perigoso), saudades de ouvir e ver as quedas de água (cachoeiras) do rio, onde se formava um arco – íris sobre as partículas de água que se projectavam no ar em forma de nevoeiro. Saudades do nascer e por do Sol. Saudades, mas muitas saudades, dos meus colegas e amigos a quem ensinei a ler e a escrever.
Ali não havia pressa para nada. Não precisávamos de relógio. Comia-se quando se tinha vontade.
Dançava-se Kizomba nas clareiras, em frente das casas, por baixo das copas de grandes árvores.
Nos fins-de-semana à noite havia farra, kizomba, ao som de instrumentos, berimbau, batuque, réco-réco, construídos pelos próprios músicos. Até latas serviam para criar sons e dançar toda a noite. Mas, a maior parte das vezes, era eu que com um gira-discos, tocado a pilhas e que tinha duas colunas, passava musica da Rebita. Assim ficavam todos abanando o matáco nessa grande farra que se prolongava pela noite dentro na minha sanzala (Libata).
São tantas as saudades que tenho dessas grandes farras na minha idade dos 15 aos 22 anos, onde o ambiente era de pura felicidade e todos iguais.
Não havia preconceitos e dançavam eroticamente, numa grande clareira onde a luz era dada por uma grande fogueira. Aquele era o verdadeiro mundo criado por Deus. Todo aquele povo era um povo humilde e nos sentia-mos irmãos.